Com 4 candidatos, campanha a prefeito terá limite de gastos de R$ 422 mil
Prazo para inscrição de chapas terminou na quinta-feira; cinco vereadores tentam trocar o Legislativo pelo Poder Executivo
Quatro chapas se inscreveram para disputar a Prefeitura de Miranda –a 201 km de Campo Grande–, que em 6 de outubro passará por eleição suplementar devido a cassação de Marlene Bossay (MDB) e seu vice, Adailton Rojo Alves (PTB). O prazo de inscrições de concorrentes terminou na tarde de quinta-feira (5) e, nesta sexta (6), teve início a campanha de rua. Quatro dos 11 vereadores da cidade vão disputar o Executivo.
As regras para a disputa já haviam sido definidas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), sendo divulgadas em 23 de agosto. O teto máximo de despesas foi fixado no mesmo valor instituído como limite para a corrida sucessória de 2016 –exatos R$ 422.169,91, o que, nos 30 dias de campanha, representam um gasto pouco superior a R$ 14 mil por dia por concorrente para convencer os 18,8 mil eleitores do município, segundo dados da Justiça Eleitoral.
O cartório da 15ª Zona Eleitoral comunicou o registro de quatro chapas para a disputa, duas delas formadas por vereadores: a Juntos Por Miranda (Patri-PTB-PDT-PT-PSB), do prefeito interino e presidente da Câmara Municipal Edson Moraes de Souza (Patri) a prefeito e Ronaldo Lisboa (PDT) a vice; e a coligação Renovação, Trabalho e Competência (MDB-DEM-PSD-PSC), com Valter Ferreira de Oliveira (DEM) a prefeito e a colega de Legislativo Elange Ribeiro a vice.
Também participam da disputa a chapa do SD, encabeçada pelo vereador Giorgio Bruno Maia Cordella e com Daniel Rodrigues Benites Filho como candidato a vice-prefeito; e a do PV, que terá José Lopes dos Santos Sobrinho concorrendo a prefeito e Cornélio da Costa e Souza Neto a vice.
Com o fim do prazo de registro de candidaturas, a Justiça Eleitoral também liberou a propaganda de rua –incluindo panfletagem e uso de carros de som– e abriu prazo para contestações dos inscritos. A votação será realizada em turno único, em 6 de outubro. O candidato eleito exercerá mandato até 31 de dezembro de 2020, já que, no ano que vem, também serão realizadas eleições nos demais municípios do país.
Marlene Bossay e Antônio Alves foram cassados sob acusação de abuso de poder econômico nas eleições de 2016. Eles teriam oferecido cestas básicas e combustíveis a eleitores em troca de votos. A acusação também levou à perda de mandato do vereador Ivan Bossay (MDB), filho da prefeita.