Com licença no fim, Câmara quer saber se Cláudio Serra volta ou desiste
Presidente da Casa, Carlão disse que assessoria jurídica procurará vereador Cláudio Serra
Afastado por 120 dias, cumprindo licença para tratar de assuntos pessoais, após operação que resultou em sua prisão, o vereador Cláudio Serra Filho (PSDB) deverá ser procurado nos próximos dias pela assessoria jurídica da Câmara de Campo Grande para que se manifeste sobre o retorno, já que o prazo vence no começo de setembro. Não há previsão de concessão de novo período, sendo a ausência causa para perda de mandato.
O presidente do Legislativo na Capital, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), explicou que determinou à equipe jurídica que entre em contato com o vereador. “Eles vão falar com ele pra ver se ele volta ou não”, explicou.
Carlão evitou comentar sobre a conveniência da volta do parlamentar, em pleno período de campanha eleitoral. O presidente concorre à reeleição e apoia o candidato tucano Beto Pereira na sucessão municipal. Carlão lembrou que o mandato não ficou vago, sendo ocupado por Gian Sandim (PSDB), e cabe aos tucanos avaliar a repercussão do retorno. “E o Gian está trabalhando certinho aí. Tinha que entrar em um acordo e ver entre ele e o PSDB.”
Claudinho foi preso em 3 de abril, quando do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e policiais desencadearam a Operação Tromper, tendo como foco ilegalidades em licitações e contratos na Prefeitura de Sidrolândia, onde ele foi secretário de Finanças. Ele conseguiu a liberdade 23 dias depois, mediante a imposição de condições, algumas delas flexibilizadas recentemente a ele e outros investigados. O parlamentar primeiro se ausentou de algumas sessões, depois apresentou um atestado médico e, por fim, decidiu se licenciar do mandato.
A denúncia contra o vereador e outras 21 pessoas foi recebida pela Justiça. As condutas imputadas a ele são de associação criminosa, fraudes em contrato e em licitação pública, peculato e corrupção passiva.
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