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Política

Com Mandetta, já são 4 deputados de MS contra a reforma da previdência

Democrata afirma que com texto atual não tem como votar a favor do projeto

Leonardo Rocha | 09/02/2018 10:48
Deputado federal, Luiz Henrique Mandetta, durante sessão em Brasília (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
Deputado federal, Luiz Henrique Mandetta, durante sessão em Brasília (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) se soma a oposição ao declarar que votará contra a reforma da previdência caso seja mantido o texto atual, enviado pelo presidente Michel Temer (MDB), à Câmara dos Deputados. Desta forma, já são quatro os parlamentares do Estado que não darão apoio ao projeto do Palácio do Planalto.

O democrata disse ao Campo Grande News que o texto da reforma não convence e "não resiste a um bom debate" no Congresso Nacional. "Parece frágil e com um pouco de improvisação. Com este texto eu não tenho motivos para votar a favor".

Mandetta ele se junta a Zeca do PT, Vander Loubet (PT) e Dagoberto Nogueira, que já declararam voto contrário ao projeto da reforma. Já os deputados Geraldo Resende (PSDB) e Tereza Cristina (DEM) declaram apoio à reforma.

Deputado federal licenciado e atual ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun (MDB) também reforça o time dos apoiadores da reforma. Ele confirmou que vai deixar temporariamente o cargo na Esplanada dos Ministérios no dia da votação para se posicionar a favor do texto no plenário da Câmara. Seu suplente, Fábio Trad (PSD), já declarou ser contra a reforma, mas não participará da votação diante do retorno do titular do mandato.

O único deputado sul-mato-grossense que continua indeciso é Elizeu Dionízio (PSDB), que faz parte da bancada evangélica e por enquanto segue "em cima do muro". O tucano disse que aguarda os últimos ajustes ao projeto para só então definir o voto.

Explicação - Mandetta admite que é preciso fazer uma reforma da previdência, mas alega que o tema precisa ser melhor debatido com a sociedade civil e partidos políticos. "Não pode ser no afogadilho, precisa de discussão maior nas câmaras e Estados, além de ser apresentado os números da previdência e uma auditoria sobre as contas".

Ele inclusive questiona se o tema irá para votação. "O governo precisa de 308 votos, não será tarefa fácil. Além disso o calendário não ajuda, já que existe o temor dos deputados de que quando for para o Senado pode não ser votado, em função das vésperas da eleição".

A direção nacional do DEM informou ao Campo Grande News que o partido ainda não convocou reunião para "fechar questão" sobre o tema. O líder do partido na Câmara, o deputado Rodrigo Garcia (SP), no entanto, declarou que boa parte da bancada tende a votar a favor.

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