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Política

Com medo de parecer turismo, deputados são contra evento em Gramado

Conferência promovida pela associação que une Assembleias do País vai acontecer em maio na serra gaúcha

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 26/04/2018 11:40
Presidente da ALMS, deputado Junior Mochi (MDB).(Foto: Luciana Nassar/ALMS).
Presidente da ALMS, deputado Junior Mochi (MDB).(Foto: Luciana Nassar/ALMS).

Um encontro promovido pela Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais), que vai acontecer entre 8 e 12 de maio, em Gramado (Rio Grande do Sul), virou assunto na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, nesta quinta-feira (dia 26).

O receio dos parlamentares daqui é que a população julgue a ida deles à cidade como turismo, já que o local é conhecido por atrair este público. O posicionamento contrário vai render, inclusive, uma carta assinada pelos 24 deputados estaduais de MS, que será lida durante o evento.

Quem puxou o assunto foi o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi (MDB). Na tribuna, ele afirmou que a ida de parlamentares de todo Brasil pode ser chamada de "trem da alegria". De MS, quem participará do evento será o deputado Lídio Lopes (PEN).

O principal questionamento é em relação à escolha de Gramado pela Unale. Segundo o presidente, o evento é importante para tomada de decisões que envolvem os Legislativos e que deveria acontecer em Brasília.

Fora a questão turística da sede deste ano, o deputado aponta a distância para chegar ao município. O representante de MS terá de pegar um avião até São Paulo (SP), depois Porto Alegre (RS) e ainda viajar de carro até a serra gaúcha.

"Os políticos estão sendo questionados pelo uso de dinheiro público. A sociedade vai pensar que é um trem da alegria com dinheiro público. Não estou dizendo que as pessoas que vão para a cidade irão fazer turismo, mas vai dar esta impressão para a população".

Uma das principais pautas do evento em Gramado, será a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 42, que tramita no Senado. O projeto prevê que temas que hoje são exclusivos do governo federal, possam também ser discutidos em âmbito estadual. Por isso, o melhor seria discutir o assunto na capital federal, justifica.

"Também defendo que deveria ser em Brasília, onde a Unale poderia fazer pressão no Congresso Nacional por mudanças nas leis", complementou o deputado Amarildo Cruz (PT).

Já o deputado que vai para o evento afirma que a praticamente todos que vão participam de todas as discussões, de forma a não sobrar tempo algum para turismo. Citou a vez que foi para Aracajú (Sergipe), onde nem chegou a ver a cidade.

O parlamentar justificou a escolha deste ano, porque a capital, Porto Alegre, está com dificuldades financeiras. Enquanto em Gramado, a Associação conseguiu fechar parcerias com empresas para ajudar a bancar o evento.

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