Com votos de Marun e Elizeu, CCJ rejeita denúncia contra Michel Temer
Parlamentares que integram a CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), na Câmara dos Deputados, rejeitaram, nesta quinta-feira (13), por 40 votos a 25 o relatório que sugeriu o deferimento do pedido da PGR (Procuradoria Geral da República) para que o STF (Supremo Tribunal Federal) investigasse o presidente Michel Temer (PMDB) pelo crime de corrupção passiva. Entre os votos pró-Temer, os sul-mato-grossenses Carlos Marun (PMDB) e Elizeu Dionízio (PSDB), protagonizaram a defesa do presidente.
A sessão foi marcada por tumulto e bastante discussões entre os deputados. Quatro parlamentares se manifestaram para orientação dos líderes partidários, dois favoráveis à aceitação da denúncia e dois contrários. Entre eles, o sul-mato-grossense Carlos Marun (PMDB), que protagonizou a defesa do presidente.
Rejeitado o parecer inicial, do relator Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), o regimento do parlamento manda que um novo relator profira o parecer vencedor. Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) foi designado para a tarefa.
Encerrada essa etapa na CCJ, o parecer aprovado será publicado no Diário da Câmara e, só então, poderá ser analisado em plenário. Uma vez no plenário, a denúncia precisa ter o apoio de pelo menos 342 votos para ter prosseguimento na Justiça ou para ser interrompida.
Ainda durante a fase de debates, deputados da oposição já esperavam a derrota e lamentaram o que consideram como “resultado artificial”, em referência às trocas de membros da CCJ que foram feitas pela base governista. Desde que a semana em que a denúncia chegou à Câmara, 25 dos 66 integrantes da comissão foram substituídos.
Os deputados federais de Mato Grosso do Sul Carlos Marun (PMDB) e Elizeu Dionízio (PSDB), que integram a comissão, não foram encontrados para comentar o resultado.