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Política

Comissão Eleitoral do PT exige "crachá" para o voto; Elza Jorge critica

Zemil Rocha | 07/11/2013 18:32
Elza Jorge protestou contra uso obrigatório de crachá para a votação (Foto: arquivo)
Elza Jorge protestou contra uso obrigatório de crachá para a votação (Foto: arquivo)

A Comissão Eleitoral do PT vai distribuir 3.906 crachás para os filiados participarem do Encontro Municipal de Campo Grande, neste domingo, na Câmara, das 9 às 17 horas. A exigência de crachá para poder votar na eleição para a presidência do Diretório do PT da Capital foi aprovada pela Comissão Eleitoral, sob os protestos da chapa encabeçada pela professora Elza Jorge, tendo como apoiador principal o ex-governador Zeca do PT.

Já a chapa liderada pelo atual presidente do PT municipal, Gildo Oliveira, que tem como principal cabo eleitoral o senador Delcídio do Amaral, apoiou a decisão da Comissão Eleitoral, que justificou os crachás alegando que é para melhor organização do evento. Argumenta ainda que “em todo encontro do PT é usado crachá”.

Para a chapa de Elza Jorge, a Comissão Eleitoral inovou ao adotar os crachás. “Isso não está no regulamento do PED (Processo de Eleições Diretas) do PT”, afirmou Alexandre Cabreira, integrante da chapa da professora.

Cabreira também contesta a afirmação da Comissão Eleitoral do PED de que em todo encontro do PT há o uso de crachá. “Quanto é um encontro, convenção tem crachá, mas em eleição não”, assegurou. Indagado se nas eleições anteriores teve obrigação de os filiados usarem crachá, ele respondeu: “Nas anteriores nunca se usou”.

A Comissão Eleitoral também teria adotado o crachá como meio de segurança para evitar duplicidade de voto, já que houveram denúncias, embora não oficializadas, até mesmo de compra de votos. Alexandre Cabreira, que integra a chapa de Elza, não concorda: “Pode ser, mas não tem porquê, o certo seria só apresentar documento, assinar normalmente e votar. Depois que a pessoa fez isso, não tem como voltar e votar novamente. Além disso, vai ter fiscais das chapas”.

A Comissão Eleitoral do PT da Capital pretende divulgar uma nota à imprensa contestando informações sobre denúncias de compra de votos. Segundo a comissão, não houve nenhuma oficialização sobre fatos desse tipo, embora os candidatos Elza Jorge e Gildo Oliveira tenham ouvido informações sobre mobilizações nesse sentido.

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