CPI do Calote sofre primeira baixa para líder do prefeito assumir vaga
Em reunião na manhã desta quinta-feira, os integrantes da CPI do Calote, definiram quais funções cada um deles deverá exercer durante a investigação. Paulo Siufi (PMDB), responsável por elaborar o requerimento que aprovou a comissão, ficou com a presidência. Elizeu Dionizio (PSL) será o relator e Otávio Trad (PTdoB), Chiquinho Telles (PSD) e Marcos Alex (PT) serão membros.
Ontem Ayrton Araújo(PT) estava na composição, porém, decidiu não participar, segundo ele por motivos particulares, por isso o líder do prefeito entrou no grupo. Ayrton é mais contido, enquanto Alex tem uma postura de defesa radical dos interesses de Bernal.
Conforme os parlamentares, a definição das funções foi decidida consensualmente. “O foco principal são as empresas que prestam serviços essenciais à Capital”, explicou o presidente.
Segundo Trad, hoje será a primeira reunião oficial da CPI do Calote, às 17h na própria Câmara Municipal, sendo que a sociedade civil organizada poderá participar. Ontem houve reunião a portas fechadas com lideranças de todas as bancadas na Casa de Leis para, enfim, instalar a comissão.
Na ocasião, o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB) e Siufi, garantiram que os documentos entregues pelo secretário Municipal de Planejamento e Finanças, Wanderley Ben Hur, foi determinante ir adiante com a instalação. “Esta documentação só comprovou o que nós já sabíamos, que a prefeitura tem dinheiro em caixa e não paga porque não quer”,confirmou Mario.
Segundo ele, o executivo tem aproximadamente R$ 700 milhões em caixa e as dívidas levantadas pelos fornecedores chegam a R$ 400 milhões. “O que achamos mais estranho é que existem empresas que recebem religiosamente em dia e outras não recebem, mesmo prestando serviço e empenhando notas fiscais”, concluiu o peemedebista.
Investigação – A comissão foi iniciada após os vereadores receberem a denúncia que alguns fornecedores não recebiam pagamento desde janeiro de 2012. Entre as empresas citadas estão a CG Solurb Soluções Ambientais e a RDM Recuperação de Crédito Ltda. A prefeitura explicou que alguns pagamentos não tinham sido feitos porque os contratos estavam sob análise, por apresentar algumas irregularidades.