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Política

CPI estuda fazer uma acareação entre Telemídia e secretário de Saúde

Leonardo Rocha | 18/09/2013 13:02
Presidente da CPI diz que poderá acontecer uma acareação sobre o sistema Gisa (Foto: Divulgação)
Presidente da CPI diz que poderá acontecer uma acareação sobre o sistema Gisa (Foto: Divulgação)

O presidente da CPI da Saúde da Assembleia, o deputado estadual Amarildo Cruz (PT), afirmou que a comissão estuda realizar uma acareação entre o diretor-presidente da Telemídia e Technology International, Naim Alfredo Beydoun, com o secretário municipal de saúde, Ivandro Correa Fonseca. O objetivo é saber quem está falando a verdade sobre o sistema Gisa (Gerenciamento de Informações em Saúde), que permite o agendamento de consultas por telefone na rede pública.

“Vamos realizar uma reunião interna para confirmar esta acareação, o diretor da empresa afirmou que 95% do sistema já estava instalado, já a prefeitura diz que o sistema é inviável e não funciona, chegaremos a verdade”, destacou Amarildo.

O deputado destacou que a comissão parlamentar já pediu toda a documentação necessária tanto a empresa como ao executivo municipal, já que existem várias dúvidas sobre o tema. “Queremos saber se os códigos-fonte foram disponibilizados, o atual secretário e o antigo disseram que não, queremos comprovação documental”, destacou o petista.

Visitas – Amarildo também ressaltou que a CPI vai marcar as visitas nas unidades de saúde para comprovarem “in loco” se realmente o sistema foi implantado, inclusive vai convidar o diretor da Telemídia para participar dos encontros. “Ele nos pediu para participar, para que não haja qualquer fraude da prefeitura, então irá conosco, sem problemas”, enfatizou.

Cobrança – O presidente da CPI também afirmou que pretende convocar integrantes do Ministério da Saúde que contribuíram para aquisição do sistema, sem que houvesse uma pesquisa ou avaliação do serviço disponibilizado. “O Ministério contribuiu com 90% dos recursos, deveria existir uma cobrança e fiscalização sobre este dinheiro empregado”, avaliou.

Devolução – O deputado afirmou que a prefeitura tem todo direito de contestar “judicialmente” a implantação do sistema e assim pedir a devolução dos R$ 9,6 milhões investidos pela prefeitura. “Será uma discussão jurídica, que iremos acompanhar o processo”.

Projeto – O vice-presidente da CPI, o deputado estadual Lauro Davi (PSB), afirmou que a prefeitura não fez a escolha ideal, e que se houve negligência foi na execução do serviço. “Se for comprovado que foi um péssimo investimento, cabe a responsabilidade dos antigos gestores”, destacou ele.

Davi não acredita que uma acareação resolveria a questão, já que cada um defenderá seu lado. “Não chegaremos a lugar nenhum, o diretor da empresa vai dizer que está funcionando e a prefeitura não, temos que trazer quem contratou os serviços para saber se o que foi combinado foi feito”, ponderou.

Amarildo Cruz afirmou que após esta acareação, o ex-secretário de saúde e atual deputado federal Luis Henrique Mandetta (DEM) pode ser convocado pela CPI, já que ele estava a frente da pasta quando o contrato foi firmado.

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