ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 24º

Política

Decisão do STF sobre combustíveis não impacta MS, garante governador

Governador lembrou que Estado abriu mão de arrecadação do ICMS para reduzir impacto nas bombas

Adriel Mattos | 16/05/2022 12:21
Governador lançou programa de iniciação científica no Bioparque Pantanal. (Foto: Marcos Maluf)
Governador lançou programa de iniciação científica no Bioparque Pantanal. (Foto: Marcos Maluf)

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), garantiu nesta segunda-feira (16) que a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que afeta o preço dos combustíveis não vai impactar os preços no Estado. A declaração foi após a solenidade de lançamento da segunda edição do do Pictec (Programa de Iniciação Científica e Tecnológica), no auditório do Bioparque Pantanal.

O ministro André Mendonça concedeu liminar, a pedido do governo federal, para suspender duas cláusulas do convênio do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) que, ao disciplinar a incidência única de ICMS sobre óleo diesel e definir as alíquotas aplicáveis, autorizaram os estados a dar descontos nas alíquotas, a fim de equalizar a carga tributária, pelo período mínimo de 12 meses. A decisão ainda precisa ser referendada pelo plenário da Corte.

“Não vai impactar em nada porque estamos congelando a pauta [fiscal dos combustíveis] desde abril do ano passado. O Estado já abriu mão de R$ 300 bilhões em arrecadação para que os postos possam vender o combustível a um preço mais barato”, comentou.

Reinaldo voltou a defender que a Petrobras reveja a política de preços. “Não basta trocar o ministro de Minas e Energia, a Petrobras tem que tomar uma atitude. Precisamos de um fundo para equacionar os preços, senão toda vez que o dólar e o barril de petróleo subir no mercado internacional, vai aumentar”, afirmou.

Ele ainda defendeu que a estatal abra mão de parte do seu lucro. Nos primeiros três meses de 2022, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 44,5 bilhões. “Será que não é muito um lucro de R$ 44 bilhões? Não dá para ratear um pouco com o povo, para reduzir o custo de vida?”, questionou.

Entenda – A AGU (Advocacia-Geral da União) recorreu ao Supremo contra o Convênio ICMS 16/2022, divulgado pelo Confaz dias após a publicação da Lei Complementar Federal 192/2022, que prevê a cobrança de alíquota única do imposto sobre gasolina, etanol e diesel.

“Na prática, a regra possibilita que cada ente federativo adote sua própria alíquota de ICMS”, argumenta a AGU. Como exemplo, cita que a aplicação do fator de equalização fará com que, no Acre, o óleo diesel tenha tributação 89,5% superior à do Paraná, esvaziando a alíquota fixa nacional (alíquota ad rem).

Nos siga no Google Notícias