Delcídio e Bumlai ficam no mesmo inquérito após fatiamento da Lava Jato
O inquérito da Operação Lava Jato que investiga o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido), o pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai e outras 65 pessoas será fatiado em quatro casos menores, conforme decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki.
Ele atendeu pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tendo em vista a otimização dos trabalhos;
As investigações serão feitas por partido. Delcídio e Bumlai ficarão no bloco que corresponde ao PT e inclui o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-tesoureiro da sigla João Vaccari Neto; os ex-ministros Edinho Silva, Ricardo Berzoini, Jaques Wagner, Antônio Palocci, Erenice Guerra; o ex-assessor pessoal da Presidência Giles de Azevedo; o ex-presidente da Petrobrás José Sérgio Gabrielli; e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto.
Segundo informações do jornal Estado de S. Paulo, o maior entre os inquéritos é relacionado ao PP, que tem 30 alvos, entre eles, o ex-ministro Aguinaldo Ribeiro; o presidente da sigla, senador Ciro Nogueira (PI) e o vice presidente da Câmara, Waldir Maranhão (MA).
Os outros dois inquéritos envolvem integrantes do PMDB, um relacionado ao senado (com nove investigados) e outro na Câmara (com 15 investigados). Este último inclui o ex-deputado federal Eduardo Cunha.
Conforme o jornal paulista, em março de 2015 o Ministério Público Federal entendeu que deveria se investigar de forma conjunta a atuação do núcleo político e foi aberto no STF um único inquérito para investigar a formação de quadrilha.
Segundo Janot, agora é necessário dividir a investigação para permitir a "otimização dos trabalhos". "Embora, até o momento, tenha sido desvelada uma teia criminosa única, mister, para melhor otimização do esforço investigativo, a cisão do presente inquérito tendo como alicerce os agentes ligados aos núcleos políticos que compõem a estrutura do grupo criminoso organizado", escreveu o procurador-geral.