Delcídio não poderá falar com banqueiro, assessor e advogado de Cerveró
O senador Delcídio do Amaral (PT) não poderá ter contato com o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, com seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira e com o advogado Edson Ribeiro, que representava o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, esclareceu ontem (23), estas restrições aos advogados do petista.
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, desta forma o ministro tirou uma dúvida da defesa, sobre quais investigados da Operação Lava Jato, o senador não poderia conversar, sendo justamente aqueles que foram presos com Delcídio, no dia 25 de novembro em Brasília, acusados de tentar atrapalhar as investigações.
Estas informações foram repassadas para os advogados ontem (23), em audiência com o ministro. Por esta razão, Diogo Ferreira, que também foi solto na última sexta-feira (19), não poderá trabalhar mais com o senador. Ele aparece na gravação feita pelo filho de Cerveró, que serviu de base para a prisão dos acusados.
A restrição é sobre qualquer contato, seja por meio de conversa, telefone ou e-mail. Sobre o recolhimento noturno do senador, em função da prisão domiciliar, ele terá que dormir em casa todos os dias, no entanto se houver sessões de votação até a noite, Delcídio vai poder acompanhar até o fim, porque pode retornar normalmente para suas atividades parlamentares.
O senador ainda terá que a cada 15 dias comparecer à 12ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, para informar e justificar suas atividades. Delcídio apresentou ontem (23) um atestado médico se licenciando por 15 dias do seu cargo no Senado Federal. Caso este afastamento não seja prorrogado, ele vai voltar suas atividades no dia 8 de março.