Depois de 3 meses, Jamilson Name tem conta liberada para receber salário
Parlamentar é alvo de ação por organização criminosa, lavagem de dinheiro e exploração do jogo do bicho
A Justiça de Mato Grosso do Sul, depois de mais de três meses, desbloqueou a conta bancária em que o deputado estadual Jamilson Name (sem partido) recebe o salário da Assembleia Legistiva. O juiz Roberto Ferreira Filho, titular da 1ª Vara Criminal, onde corre ação contra o parlamentar, acatou o pedido da defesa para que ao menos essa movimentação financeira fosse liberada.
Com isso, o deputado pode dispor do salário de cerca de R$ 25 mil do Legislativo Name é alvo de ação derivada da sexta fase da Operação Omertá, desencadeada em 2 de dezembro,de 2020, a “Arca de Noé”, que foi responsável por cumprimento de 13 mandados de prisão, 17 de busca e apreensão, incluindo endereços do político, e ainda o bloqueio de bens no valor de R$ 18 milhões.
Para o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), esse valor equivale à movimentação de um ano da estrutura que, segundo apurado por força-tarefa da Polícia Civil, usava empresa da família Name para acobertar a exploração do jogo.
Nessa ação, Jamilson Name responde por organização criminosa, lavagem de dinheiro e exploração do jogo do bicho. Chegou a usar tornozeleira eletrônica por um mês, e retirou semana passada, em cumprimento a entendimento da Assembleia Legislativa determinado pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Salário liberado - A decisão sobre o desbloqueio da conta bancária pessoal foi tomada sexta-feira passada (5) e, segundo o deputado, a movimentação já foi liberada.
Durante a sexta-fase da Omertà, houve busca na casa e no escritório do deputado e na empresa de título de capitalização Pantanal Cap, que acabou sendo lacrada. –
A defesa, a cargo do advogado Gustavo Passareli, tenta desbloquear ainda a conta da empresa, mas isso não foi decidido pelo juiz.
Foi dada uma fazenda em garantia, para liberar a conta. Jamilson diz que o valor de R$ 18 milhões é “absurdo” e nunca existiu.