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Política

Deputada quer reforço policial para audiência sobre “Escola sem Partido”

Evento vai ocorrer amanhã (23), a partir das 14h, no plenário da Assembleia Legislativa

Leonardo Rocha | 22/05/2018 13:26
Deputada Mara Caseiro (PSDB) vai organizar audiência amanhã (Foto: Luciana Nassar/ALMS)
Deputada Mara Caseiro (PSDB) vai organizar audiência amanhã (Foto: Luciana Nassar/ALMS)

A deputada Mara Caseiro (PSDB) adiantou que vai pedir “reforço na segurança” para garantir que a audiência pública sobre o projeto “Escola sem Partido” possa ocorrer amanhã (23), a partir das 14h, na Assembleia Legislativa. Ela teme que o protesto de quem é contra o programa inviabilizem o evento, como ocorreu no ano passado.

“Já fizemos este pedido (reforço) tanto para segurança, como aos policiais que trabalham no legislativo, pois não queremos colocar ninguém em risco, o último evento que fizemos teve que ser encerrado antes do debate, porque quase se chegou às vias de fato”, disse a tucana.

Mara ponderou que a intenção é ouvir os “dois lados”, dando espaço para quem for contra e a favor apresentar os argumentos. “Entendo que em um estado democrático deve se promover o debate, o que peço as pessoas é que apenas tenham respeito e possam discutir o assunto de forma civilizada”, adiantou.

De acordo com a deputada, foram convidados especialistas sobre o tema, como um dos idealizadores do programa à nível nacional, Miguel Nagib. Ela garante que também fez o convite aos segmentos que representam os professores. “Todos foram chamados e terão espaço para debater”.

Projeto – A proposta da “Escola sem Partido” obriga as escolas a fixar cartazes nas salas de aula, expondo deveres que os professores devem cumprir, entre eles o de não fazer “doutrinação” política, da questão de gênero ou de religião aos alunos. Eles alegam que os docentes devem apresentar todas as opções e vertentes (políticas), sem influenciar o estudante.

Já os críticos dizem que esta questão é uma espécie de “censura” ao trabalho dos professores, que como profissionais já cumprem regras, leis e normas de ética da profissão. O deputado Pedro Kemp (PT) inclusive diz que o tema é inconstitucional, por já haver um parecer contrário do STF (Supremo Tribunal Federal) e AGU (Advocacia-Geral da União).

Na sessão de hoje (22), o deputado Paulo Siufi (MDB) pediu a retirada do seu nome do projeto. A justificativa é que o assunto não teve o “consenso”entre os professores, por isso não vai mais apoiar a matéria. Além de Mara, também assinaram a proposta: Lídio Lopes (PEN), Maurício Picarelli (PSDB), Paulo Corrêa (PSDB) e o ex-deputado Coronel David.

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