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Política

Deputado retira nome do polêmico projeto "Escola Sem Partido"

O projeto será debatido nesta quarta-feira (22) em audiência pública proposta pela deputada Mara Caseiro

Guilherme Henri e Leonardo Rocha | 22/05/2018 11:52
Deputado estadual Paulo Siufi (MDB) em tribuna da Assembleia Legislativa (Foto: (Foto: Luciana Nassar/AL)
Deputado estadual Paulo Siufi (MDB) em tribuna da Assembleia Legislativa (Foto: (Foto: Luciana Nassar/AL)

O deputado estadual Paulo Siufi (MDB) retirou o nome dele do polêmico projeto "Escola Sem Partido". O anúncio foi feito durante sessão na Assembleia Legislativa desta terça-feira (22) na Capital. A principal justificativa do parlamentar foi a de que “o projeto não tem o aval dos professores”.

A autora da proposta é a deputada Mara Caseiro (PSDB). Na prática, a lei obriga as escolas a afixar cartazes nas salas de aulas, contendo regras que os professores devem seguir proibindo a chamada “doutrinação” política, religiosa ou sobre a questão de gênero. Mara destacou haver a intenção de que todas as ideologias [políticas] sejam expostas aos alunos e que não haja influência de apenas uma.

“Quando coloquei meu nome disse a Mara que só o apoiaria se tivesse aval dos professores. Porém, entrei em contato e verifiquei que a categoria não apoia o projeto”, justificou o deputado Paulo Siufi.

O parlamentar adiantou que votará contra a aprovação do projeto. “Não tenho medo de enfrentamento ou críticas. Não vou prejudicar os professores em função de atividade irregulares de alguns”, afirma o deputado.

Além disso, Paulo Siufi reconheceu que foi uma falha dele ter apresentado esse projeto na Câmara, quando era vereador. “Cheguei a conclusão que no momento que você cerceia o trabalho do professor você penaliza todos. Com aprovação deste projeto você pode até gerar um impasse entre aluno e professor na sala de aula”, conclui.

Audiência – O projeto será debatido nesta quarta-feira (22) em audiência pública proposta pela deputada Mara Caseiro. O encontro está previsto para ocorrer às 14h na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

A deputada já tentou fazer uma audiência pública sobre o tema no ano passado, contudo o evento teve que ser suspenso devido a manifestações que ocorreram no plenário da Câmara Municipal. Os segmentos que são contra o projeto alegam que se tratam de uma “censura” ao trabalho dos professores, que já seguem regras e normas internas da profissão.

Polêmicas - O projeto chegou a ser apelidado no passado como “lei da mordaça”, quando foi arquivado na Câmara Municipal de Campo Grande. Já na Assembleia, a matéria quase teve o mesmo fim na CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) depois de receber quatro votos contrários, mas o deputado Eduardo Rocha (MDB) divergiu e a decisão caberá ao plenário.

A proposta tem assinatura dos deputados Lídio Lopes (PEN), Maurício Picarelli (PSDB), Paulo Corrêa (PSDB) e do ex-deputado ex-deputado Coronel David (PSL).

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