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Política

Deputado Barbosinha provoca colega de partido Alan Guedes, que reage

Para mexer com 'brio do prefeito', deputado não se importa em atacar integrante do PP

Gabriela Couto | 26/04/2022 12:45
Deputado estadual Barbosinha (PP). (Foto: Instagram)
Deputado estadual Barbosinha (PP). (Foto: Instagram)

Engana-se quem cogitou imaginar que a guerra entre o deputado estadual, José Carlos Barbosa (PP), o Barbosinha, e o prefeito de Dourados, Alan Guedes (PP), fosse pacificada com a filiação do parlamentar ao mesmo partido do chefe do Executivo da segunda maior cidade do Estado. Muito pelo contrário, a situação piorou.

Pelo menos foi o que pareceu o discurso de Barbosinha na sessão desta terça-feira (26), na Assembleia Legislativa, com o deputado relatando 'zero' diálogo com Guedes. Os ataques à administração do interior foram mais pesados do normalmente.

"Dourados tem um corpo acéfalo, sem comando. Uma gestão fria, distante e incompetente. Penso até que o prefeito deveria pedir licença para dar uma oportunidade ao vice. Quem sabe ao menos para dar um banho na cidade."

Barbosinha ainda foi mais pessoal e direto: "Prefeito arrogante, prepotente, que anda com quatro, cinco seguranças. Tem guarda na casa dele de plantão 24h. Quem sabe assim eu mexa com o brio do prefeito e ele saia da letargia. Que tenha coragem de falar com deputado e humildade de pedir ajuda."

O deputado ainda classificou Guedes como administrador de corruptela e coronel, além de ponderar que ele precise fazer estágio com prefeitos dos municípios de Ponta Porã e Caarapó.

Ao final do discurso, Barbosinha afirmou que o desabafo é uma forma de provocar a reação do prefeito. “Uma administração fria, incompetente e distante da população. Em 16 meses de mandato, vimos perseguição aos servidores e falta de diálogo com a classe política. Que o nosso desabafo faça o prefeito reagir”, falou o parlamentar.

Resposta - A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do prefeito e recebeu a seguinte nota: "Chega a ser engraçado saber de críticas gratuitas de um cidadão, que, desde que fui eleito em 2020, nunca se colocou à disposição para ajudar a cidade. Eu sei que perder não é fácil, mas é assim que funciona. Ele precisa aceitar.

Sobre o relacionamento com a classe política, eu costumo conversar com quem se propõem a ajudar, que quer somar e apoiar a cidade. É a classe política que desceu do palanque há muito tempo, como o governador Reinaldo, Eduardo Riedel, deputado Renato Câmara e a ex-ministra Tereza Cristina.

Penso que a vinda do deputado para o nosso partido, o PP, poderia mudar a postura dele. Que ele pudesse, enfim, se colocar para contribuir. Não comigo, mas pela cidade.

Mas estava enganado. Talvez o fato dele ter entrado na legenda pela porta dos fundos, de última hora, também seja outro fato difícil pra ele aceitar."

Vale lembrar que o deputado chegou a ser a única condição interna do PP, antes da janela partidária, para receber os integrantes do antigo DEM, insatisfeitos com a fusão com o PSL que resultou no União Brasil. Mas quando a ex-ministra da Agricultura, deputada federal Tereza Cristina, assumiu a legenda, Barbosinha conseguiu entrar no último dia do prazo legal.

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