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Política

Deputado de MS assina documento de Bolsonaro com cobranças ao PSL

Luiz Ovando ainda definiu o comando nacional do PSL como "autoritário, ditatorial e coronelista"

Leonardo Rocha | 12/10/2019 10:02
Deputado federal, Luiz Ovando, em sessão na Câmara Federal (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)
Deputado federal, Luiz Ovando, em sessão na Câmara Federal (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

Junto com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), o deputado federal, Luiz Ovando (PSL), assinou documento com mais 20 parlamentares, pedindo maior transparência na prestação de contas ao comando do PSL. O ofício foi direcionado para o presidente da sigla, Luciano Bivar.

O texto escrito pelos advogados Karina Kufa, Admar Gonzaga e Marcello Dias de Paula, surge no momento que envolve o conflito interno entre Bolsonaro e Bivar, após o presidente dizer a um apoiador que para “esquecer o PSL” e que o dirigente da sigla estava “queimado”.

O deputado sul-mato-grossense disse que assinou o documento, porque o atual presidente da legenda, Luciano Bivar, tem uma postura “ditatorial, autoritarista e coronelista” à frente do partido.

“Criou esta instabilidade (documento), que já existia nos grupos dentro do partido, em que (Luciano) Bivar não parou as arestas, que tem entre as discordâncias a falta de prestação de contas sobre o fundo partidário”, descreveu.

Comparação - Neste documento ainda se compara a “transparência” do PSL com partido de extrema-esquerda, o PCO (Partido da Causa Operária), ao dizer que as contas da legenda “estão em situação grave”, citando como base, o ranking feito pela Organização Governamental Transparência Partidária.

"O partido figura como último colocado da série, ostentando a vergonhosa nota zero, ao lado do PCO”, diz o texto. Ainda destacam que dos R$ 810 milhões do fundo partidário, R$ 110 milhões seguem para o PSL neste ano.

“O notório sucesso do PSL na campanha eleitoral de 2018, oportunidade em que elegeu 54 deputados federais é o fator que resultou no súbito incremento”, pondera o documento. Ainda pede informações a direção da legenda para que seja feita uma “auditoria independente” das contas.

Segue o líder – Ovando admitiu que caso Bolsonaro deixe a legenda, ele vai sair junto, seguindo o mesmo caminho político. “Bolsonaro resume os princípios que nós defendemos, então sairemos também”. O deputado, no entanto, ainda espera um entendimento entre as partes. “Para isto deve se mudar muita coisa para pacificar”.

Nesta semana, os deputados estaduais Renan Contar e Carlos Alberto David, ambos do PSL, também admitiram que vão “seguir o líder” e irão deixar a legenda, caso Bolsonaro resolva sair do PSL.

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