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Política

Deputado hackeado dá depoimento e diz que esperava apoio do partido

Carlos Alberto David ainda lembrou do lembrou do caso em investigação que envolveu o ministro da Justiça, Sérgio Moro

Jones Mário, Viviane Oliveira e Leonardo Rocha | 26/09/2019 13:04
Carlos Alberto David fala em ação arquitetada pelo PSL em Campo Grande contra ele (Foto: Leonardo Rocha)
Carlos Alberto David fala em ação arquitetada pelo PSL em Campo Grande contra ele (Foto: Leonardo Rocha)

O deputado estadual Carlos Alberto David (PSL) revelou que prestou depoimento à Polícia Civil sobre denúncia feita por ele de que seu celular teria sido hackeado. Durante sessão da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (26), o parlamentar ainda disse que esperava mais apoio de seu partido, ainda que acusado por ele de envolvimento na invasão do aparelho.

David lamentou a postura do PSL em Campo Grande e lembrou do caso – ainda em investigação – que envolveu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, cujo celular também foi hackeado. Questionado se pretende deixar o partido, o deputado destacou que “é muito cedo para falar sobre o assunto”.

David contou que descobriu a invasão na quarta (25), após alguns de seus contatos receberem mensagens estranhas como se fossem dele. A conta do deputado no WhatsApp teria sido usada para disparar vídeo em que integrante da juventude do PSL em Brasília (DF), Bruno Gomides, cobra providências por David ter apoiado a concessão de comenda do Mérito Legislativo ao senador cassado Delcídio do Amaral, ex-PT e recém-filiado ao PTB.

Na tribuna, o deputado acusou Gomides de produzir o vídeo a mando do PSL em Campo Grande. Em nota de repúdio, a direção municipal da legenda respondeu que David cometeu crime ao sugerir envolvimento de seus integrantes no crime.

Segundo David, o autor do material também seria ligado à sua colega de partido e senadora, Soraya Thronicke. A congressista informou que vai tomar “medidas judiciais” por ter seu nome associado à invasão.

Carlos Alberto David ainda citou à polícia o nome de Mateus Correa que, segundo ele, também agiu para espalhar o vídeo. À reportagem, o homem de 22 anos reconheceu que compartilhou o material sobre o deputado em vários grupos, mas negou qualquer ação arquitetada pelo PSL ou relação com a invasão ao celular do deputado.

Contraponto – Companheiro de Assembleia e de PSL, o deputado Renan Contar disse que analisou com calma o vídeo espalhado. “Não é fake news. É verdade o que ele [Bruno Gomides] disse. O coronel [David] votou a favor da homenagem ao Delcídio. É um fato, não tem como negar. Ele [David] vai ter que explicar porque acusou o PSL de Campo Grande”, disparou, durante sessão da Assembleia.

“Porque alguém invadiria um celular para colocar um vídeo que já era público?”, questionou Contar, que também preside o partido na Capital. O deputado reforçou que David mereceu a nota de repúdio divulgada pelo PSL e que vai acompanhar as investigações do caso.

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