ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 23º

Política

Deputado repudia ataque a indígenas e promete acompanhar investigações

Wendell Reis | 19/11/2011 20:48

O deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT) enviou uma nota de repúdio a morte do líder indígena da comunidade Guarani-Kaiowá, Nizio Gomes, 59 anos, assassinado na manhã de ontem (18) no acampamento Tekoha Guaiviry, em Amambai.

O deputado lembrou que Nizio Gomes liderou a reocupação do Tekoha Guaiviry, onde 39 comunidades indígenas vivem. Segundo o deputado, os indígenas retomaram o local depois de serem expulsos por fazendeiros. Ele lembrou que a área está sub judice, depois de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) firmado entre Ministério Público Federal, FUNAI e lideranças indígenas. O deputado externou seus sentimentos a comunidade indígena de Mato Grosso do Sul e afirmou que acompanhará as investigações e exigirá justiça.

Segundo informações do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), pelo menos 40 homens estariam envolvidos no ataque ao local onde residem 60 indígenas. Nísio teria sido executado com tiros de calibre 12 e, depois de morto, levado pelos pistoleiros. Informações preliminares apontam que os autores ainda teriam sequestrado dois jovens e uma criança e assassinado uma mulher e outra criança.

Os indígenas ocuparam a área onde aconteceu o conflito há 15 dias e já vinham recebendo visitas da Funai e da Polícia Federal. O Cimi também publicou uma nota de repúdio e responsabilizou os Governos Federal, Estadual e a Funai (Fundação Nacional Indígena) pelo ataque . No documento, o Cimi cobra a demarcação de terras e a investigação dos assassinatos em que as vítimas são indígenas.

“O governo da presidenta Dilma, perverso e aliado aos latifundiários criminosos de Mato Grosso do Sul, insiste em caminhar para o massacre e se encontra banhado em sangue indígena, camponês e quilombola. Tais acontecimentos colocam em dúvida a capacidade do Ministério da Justiça em coibir as violências”, diz a nota.

Nos siga no Google Notícias