Deputados tentam reverter a extinção de zonas eleitorais em MS
Eles pediram que o TRE-MS reverta a situação junto ao TSE
Os deputados estaduais Junior Mochi (PMDB), Beto Pereira (PSDB) e Rinaldo Modesto (PMDB) tentam reverter a extinção de 26 zonas eleitorais no Estado. Eles requisitaram esta alteração a presidente do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de MS), a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, que vai fazer a solicitação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Eles participaram de uma reunião com a desembargadora na semana passada, sendo que ela se comprometeu a fazer esta solicitação ao presidente do TSE, o ministro Gilmar Mendes. "Ela nos pediu uma documentação formalizando esta mudança na portaria, para que seja entregue ao Gilmar (Mendes), estamos confiantes", disse Rinaldo.
A portaria do TSE 372/2017, do último 12 de maio, estabelece a extinção de sessões eleitorais das cidades Cassilândia, Fátima do Sul, Bataguassu, Camapuã, Porto Murtinho, Água Clara, Aparecida do Taboado, Iguatemi, Sonora, Caarapó, Pedro Gomes, Bonito, Mundo Novo, Bandeirantes, Rio Negro, Deodápolis, São Gabriel do Oeste, Inocência, Dourados, Nioaque, Sete Quedas, Anaurilândia, Chapadão do Sul, Corumbá, Três Lagoas e Ponta Porã.
"Se isto não for alterado vai gerar muito transtorno as cidades do Estado. A Justiça Eleitoral precisa entender que aqui não é igual São Paulo, pois os municípios ficam longe um dos outros", disse Modesto, que alegou que os deputados vão trabalhar, para que a portaria seja revogada, em relação a Mato Grosso do Sul.
O deputado Cabo Almi (PT) ressaltou que esta mudança é incoerente, pois prejudica muitos eleitores, que terão que até ir para outras cidades, para resolver questões eleitorais. "Se for desta forma, então que se agregue um município ao outro, diminuindo as cidades do Estado".
O presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Pedro Caravina, pediu apoio ontem (13) para o presidente da Assembleia e vai se reunir com senadores e deputados federais e estaduais, na próxima segunda-feira (19), na sede entidade, em Campo Grande.
"Considero que a decisão do TSE é um desrespeito, principalmente com os municípios de Mato Grosso do Sul, sem falar à fórmula que eles utilizaram para fazer esses fechamentos são totalmente desproporcionais", ponderou.
Na prática, a ideia do órgão é incorporar as zonas extintas a zonas eleitorais de cidades mais próximas sob justificativa de se reduzir custos, de que haverá economia, por exemplo, de R$ 13 milhões/ano.