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Política

Derrotado nas urnas, Puccinelli pode azedar aliança com PSDB

André tenta emplacar filha na prefeitura e filho como conselheiro do TCE

Aline dos Santos e Jackeline Oliveira | 15/05/2023 11:00
André Puccinelli durante visita à Assembleia Legislativa no ano passado. (Foto: Marcos Maluf)
André Puccinelli durante visita à Assembleia Legislativa no ano passado. (Foto: Marcos Maluf)

Derrotado nas Eleições 2022, o ex-governador André Puccinelli (MDB), que ficou em terceiro lugar (247.093 votos) na disputa para comandar Mato Grosso do Sul, pode azedar aliança do MDB com o PSDB na disputa pela prefeitura de Campo Grande em nome do futuro dos seus herdeiros.

A reportagem apurou que Puccinelli, presidente de honra do MDB, exige que a advogada Denise Puccinelli, sua filha, seja vice na chapa liderada por Beto Pereira (PSDB). Atual deputado federal, o tucano é pré-candidato a prefeito de Campo Grande.

Nesta seara, o ex-governador Puccinelli quer o ex-senador Waldemir Moka na presidência do MDB,  em vez do deputado estadual Marcio Fernandes, mais próximo aos tucanos. Atualmente, a legenda é presidida pelo deputado estadual Junior Mochi.

Noutra esfera, tenta emplacar o filho, o advogado André Puccinelli, em vaga de conselheiro do TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado). Contudo, a cadeira na Corte Fiscal estaria  reservada para o deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), primeiro secretário da Assembleia Legislativa.

Em 14 de fevereiro, Puccinelli Júnior foi nomeado diretor da Consultoria Jurídica do TCE, com remuneração de R$ 27.558. O ex-governador e o filho são investigados na operação Lama Asfáltica, realizada pela PF (Polícia Federal) contra a corrupção.

A PF investiga o uso do Instituto Ícone como suposto destino de recursos ilegais, provenientes de pagamentos de propina e desvios de verbas públicas, que seriam entregues para o ex-governador.

A Corte Fiscal é formada por sete conselheiros. O salário para o cargo é de R$ 35.462,28. Das vagas, são três da Assembleia Legislativa, duas indicações do governador, uma do Ministério Público de Contas e uma dos auditores de contas da Corte Fiscal. Ou seja, cinco vagas são condicionadas à costura política.

Tabuleiro – Outra condicionante de Puccinelli para aliança com o PSDB seria a ascensão de Diogo Bassay na Assembleia Legislativa.

Suplente do MDB, o médico Diogo Bassay, que obteve 12.326 votos, vem de família de políticos. Para que ele assuma vaga na Casa de Leis, um dos três parlamentares da sigla poderia ser "puxado" para cargo no governo. Os deputados estaduais do MDB são Junior Mochi, Marcio Fernandes e Renato Câmara.

A reportagem não conseguiu contato com o presidente de honra do MDB, André Puccinelli, e o presidente do PSDB, Reinaldo Azambuja.

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