Durante posse de petista, Bernal e Mario Cesar sinalizam paz
Depois de uma série de atritos entre o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), e os vereadores, em episódios que se arrastam desde o final do ano passado, o progressista e o presidente do Legislativo, Mario Cesar (PMDB), sinalizaram clima de paz nesta quinta-feira.
“Com certeza”, responderam, perguntados se o abraço que deram nesta tarde, durante a cerimônia de posse de Marcos Alex (PT) na Câmara, representaria tempos de paz.
Dos dez parlamentares que acompanharam o evento, todos tentaram seguir o mesmo clima: de harmonia.
Congelamento do IPTU, reajuste de salário do prefeito, situação da sede da Câmara. Foram alguns dos temas que colocaram em rota de colisão os vereadores e Bernal desde o ano passado.
No entanto, o chefe do Executivo Municipal avalia que, agora, “a poeira já abaixou” e destacou não acredita que “alguém vá trabalhar contra a Prefeitura”.
A declaração do progressista contraria postura recente, em que chegou a considerar que vereadores, ligados ao grupo do deputado federal Edson Giroto (PMDB), que concorreu à Prefeitura no ano passado, estavam encarando “um quarto turno” em Campo Grande.
Posse – Assumindo o lugar de Thaís Helena (PT), nomeada secretária da SAS (Secretaria de Políticas e Ações Sociais e Cidadania), Alex volta ao Legislativo no posto de líder do prefeito.
Segundo ele, o retorno representa uma situação diferente. Em mandatos anteriores, ele foi oposição e, agora, estará do outro lado. O petista disse ter certeza que a gestão de Bernal não vai ser “antipopular” e que não dificultará o trabalho dos opositores.
Alex aproveitou para deixar uma crítica ao ex-prefeito Nelson Trad Filho (PMDB). Disse que, durante o mandato do progressista, não haverá “pegadinha do IPTU”, numa referência a reajustes do tributo em anos anteriores.
Acompanhando o evento, o vereador Paulo Pedra (PDT) elogiou Bernal sobre escolha de Alex como líder. Segundo ele, o prefeito “acertou em cheio”.
Já Mario Cesar seguiu a mesma linha de elogios e disse não ver a Câmara “sem o Alex”.