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Política

Eleição da OAB-MS pode não ter chapa ungida por Júlio; prazo termina sexta

Josemil Arruda | 12/05/2014 18:03
José Belga, que foi vice "biônico" nomeado por Júlio, ainda discute chapa (Foto: arquivo)
José Belga, que foi vice "biônico" nomeado por Júlio, ainda discute chapa (Foto: arquivo)

Embora alguns grupos estejam em conversações diretas com o presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS, Júlio Cesar Souza Rodrigues, ninguém assume vinculação com ele. Fora do campo dos que rejeitam qualquer tipo de acordo com Júlio, só mesmo o advogado Lázaro Borges Júnior está efetivamente se movimentando com a clara intenção de lançar chapa.

Há um grupo de advogados mais ligado a Júlio Cesar, que apoia ou faz parte do que sobrou do Conselho Seccional, discutindo a possibilidade de lançar chapa, mas sem ter ainda uma definição. Esse grupo é capitaneado pelo conselheiro José Belga Assis Trad, que particularmente não demonstra vontade de disputar a eleição, até porque teria se renunciar ao cargo que ocupa atualmente.

“Meu nome chegou a ser cogitado, entre alguns advogados que consideraram que eu estava habilitado. E nós estamos dialogando e conversando para decidir se concorrer será a melhor opção”, informou José Belga. Indagado sobre quando seu grupo pretender decidir se lança ou não chapa à eleição, ele respondeu: “No dia em que termina o prazo”. O prazo para inscrever chapa para a eleição acaba na próxima sexta-feira (16).

José Belga é um dos quatro advogados que foram nomeados diretores “biônicos” por Júlio Cesar no dia 27 de março passado. José Belga foi nomeado vice-presidente, Gustavo Tolentino, secretário-geral, Diego Nemo Marcondes, tesoureiro, e Luiz Carlos Saldanha, secretário-adjunto, no lugar dos quatro que haviam comandado a “renúncia coletiva”. O ato de Júlio, porém, foi anulado pelo Conselho Federal da OAB.

Questionado se apoia Júlio Cesar, o conselheiro José Belga declarou: “Eu fui contra esse momento que se iniciou e se desenvolveu dentro da Ordem contra o presidente porque achei que os procedimentos adotados para se questionar o presidente não foram os corretos. Havia denúncia de que o presidente havia sido contratado pela prefeitura. Para alguns, teria cometido falta ética. Minha posição foi de dizer se cometeu a falta o Conselho Federal é que deveria dizer. O conselho seccional não tem competência para discutir isso. E foi esse o entendimento que prevaleceu no Conselho Federal, que também decidiu não afastá-lo. Eu também era contrário a esse afastamento”.

Sobre a eleição do dia 16 de junho, o conselheiro José Belga considera legítimo que se vote nulo ou em branco. Adverte, porém, que boicote é punido com multa, que corresponde a 20% a anuidade, a qual gira em torno de R$ 900,00. “É bom que se alerte que advogado tem o dever de votar, se não toma multa”, afirmou.

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