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Política

Oposição “histórica” anuncia boicote à eleição da OAB e prega “meio voto não”

Josemil Arruda | 09/05/2014 18:11
Ex-presidente da OAB-MS, Wladimir Rossi é um dos líderes dos "históricos" (Foto: arquivo)
Ex-presidente da OAB-MS, Wladimir Rossi é um dos líderes dos "históricos" (Foto: arquivo)

Na eleição da seccional sul-mato-grossense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), a oposição que se autodenomina “histórica” divulgou carta aberta em que avisa que não participará do pleito suplementar, marcado para o dia 16 de junho, e prega “meio voto não”. Embora não haja um discurso abertamente a favor do “voto nulo”, os líderes dessa ala que se opõe ao atual presidente da entidade, Júlio Cesar Souza Rodrigues, acreditam que a maioria dos advogados de Mato Grosso do Sul vai optar por esse “repúdio”.

O grupo “oposição histórica” é capitaneado por Marco Túlio, que enfrentou Júlio Cesar na eleição da OAB de 2012, e três ex-presidentes da entidade, entre os quais o advogado Wladimir Rossi Lourenço. “Somos oposição a essa gestão. Não nos juntaremos a ela”, afirmam na “Carta aberta aos advogados de MS”.

Para os líderes desse grupo, a eleição só teria sentido se fosse para todos os cargos, inclusive o de presidente. “A crise que desnudou a OAB/MS foi criada pelo seu atual Presidente, ao pactuar contrato imoral com o então prefeito de Campo Grande, Sr. Alcides Bernal – o qual respondia a processos éticos na entidade”, apontam.

Na avaliação deles, essa crise foi potencializada com a exposição danosa das mazelas de nossa Entidade perante toda a sociedade sul-mato-grossense, que culminou na renúncia da maioria dos seus dirigentes, na tentativa de “descolar-se” da pessoa do presidente, o que consideram ter sido “em vão”, lembrando de episódios como lutas corporais protagonizadas em meio às sessões solenes da Ordem, dispositivos legais violados com a instalação do Conselho Seccional sem quórum mínimo e com a nomeação de diretores “biônicos” pelo presidente e até mesmo o site da entidade indevidamente para Júlio defender-se de ações movidas contra a sua pessoa.

Esse grupo alega que as eleições pretéritas mostraram que a decisão fisiológica de juntar grupos opostos, visando unicamente a conquista do poder, não termina bem. “Para não reeditar esse triste episódio da história de nossa Entidade, nem tampouco passar de críticos bem-intencionados a cúmplices arrependidos, preferimos não participar dessas eleições artificiais”, diz a carta.

A oposição “histórica” conclama os demais advogados a rejeitarem o voto pela metade. “Se você, colega, como nós, também não concorda com esse pleito parcial,que instituiu o ‘meio voto’ na OAB, manifeste sua indignação com a decisão ilegal e teratológica do Conselho Federal, que, longe de resolver o problema, apenas o aprofundou”, prega a carta.

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