Dez anos depois, vereadores negam venda de votos para cassar prefeito
Primeira audiência de instrução do processo criminal da Operação Coffee Break aconteceu nesta tarde
A primeira audiência de instrução e julgamento do processo criminal da Operação Coffee Break começou e terminou em pouco mais de duas horas. Apenas duas testemunhas de defesa foram ouvidas. O processo decorre de denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que acusou os vereadores de Campo Grande de terem vendido votos que culminaram na cassação do então prefeito Alcides Bernal.
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A primeira audiência do processo criminal da Operação Coffee Break, que investiga a acusação de compra de votos para a cassação do ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, em 2014, foi realizada por videoconferência e durou pouco mais de duas horas. As duas testemunhas de defesa ouvidas negaram qualquer conhecimento sobre a venda de votos, atribuindo a cassação à incapacidade de Bernal em formar uma base na Câmara Municipal. A acusação, por sua vez, pediu o compartilhamento de provas com a ação de improbidade administrativa, alegando que ambas tratam da mesma acusação de compra de votos. A próxima audiência está marcada para a próxima segunda-feira (11), com a oitiva de mais três testemunhas de defesa.
A cassação ocorreu em 12 de março de 2014, pouco mais de um ano após ele ter assumido o Executivo municipal. Nesta tarde (4), a audiência que ouviu as testemunhas de defesa, entre elas o ex-vereador Paulo Pedra, estava programada para seguir até às 18 horas, mas terminou bem antes, por volta das 15h40. O procedimento, realizado por videoconferência, começou às 13h30.
Conforme informações obtidas pelo Campo Grande News, Pedra não saber nada sobre a suposta venda de votos para a cassação de Bernal. As testemunhas de defesa também comentaram que a crise política instalada entre Executivo e Legislativo na época se deu em decorrência da sua própria inaptidão do ex-prefeito em se articular politicamente para formar uma base na Câmara Municipal. Alegaram não haver fato de natureza criminal, como, por exemplo, vantagens entre agentes políticos e públicos com empresários para que a Casa de Leis votasse o impeachment.
A acusação, por sua vez, realizada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, pediu o compartilhamento de provas entre a ação penal/criminal e a de improbidade administrativa porque dizem respeito ao mesmo tipo de acusação, que seria a compra de votos para que o ex-prefeito fosse suspenso.
Na próxima segunda-feira (11), mais três testemunhas de defesa serão ouvidas. Estão marcadas audiências, ainda, para os dias 18 e 25 de novembro e para 2 de dezembro, sempre entre 13h30 e 18 horas, por videoconferência.
O caso corre na 6ª Vara Criminal de Campo Grande, do juiz Márcio Alexandre Wust. A pedido do Gaeco, na semana passada, ele retirou da ação, extinguindo a punibilidade do ex-governador André Puccinelli (MDB), do empresário João Amorim e do pecuarista Raimundo Nonato de Carvalho. Eles eram acusados de associação criminosa por serem os articuladores da suposta compra de votos dos vereadores.
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