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Política

Em Dourados, Bolsonaro volta a atacar demarcação de terras indígenas

Deputado federal disse que, se fosse eleito, "não daria um centímetro de terra para índios"

Gabriel Neris e Helio de Freitas, de Dourados | 08/02/2018 18:00
Deputado federal Jair Bolsonaro esteve nesta quinta-feira em Dourados (Foto: Hélio de Freitas)
Deputado federal Jair Bolsonaro esteve nesta quinta-feira em Dourados (Foto: Hélio de Freitas)

Em visita ao município de Dourados – a 233 km de Campo Grande – o deputado federal Jair Bolsonaro (PEN-RJ) desembarcou nesta quinta-feira (8) no Aeroporto Francisco de Matos Pereira e repetiu os discursos em tom polêmico. Indagado sobre a demarcação de terras indígenas, em uma região povoada por conflitos agrários, o parlamentar afirmou ser contra e diz que a questão estimula o confronto entre brancos e indígenas. "Se eu assumir [a presidência do Brasil] não terá mais um centímetro para terra indígena", afirmou.

"Índio é nosso irmão, quer ser reintegrado a sociedade. Índio já tem terra demais, vamos tratá-los como seres humanos, tem índio tenente do Exército, presidente da Bolívia [Evo Morales], não quer viver em um zoológico", comparou Bolsonaro, depois de dizer que briga contra as demarcações desde 1991.

Bolsonaro foi recebido no aeroporto por centenas de pessoas. De lá, debaixo de chuva, foi para a sede do sindicato rural, num trecho de 30 km. Durante o percurso de uma hora passou pelo centro da cidade. "Podem falar o que quiser de mim, menos que sou corrupto", declarou, em uma frase que tem repetido ao longo de sua pré-campanha.

Durante a passagem, o parlamentar falou sobre a falta de segurança na região de fronteira. Segundo Bolsonaro, o país precisa de "retaguarda jurídica" para se fortalecer. "A polícia tem que ser mais forte que o inimigo, não é só armamento, equipamento. Se tivermos retaguarda jurídica, que é muito mais importante, vencemos essa guerra". Porém, o parlamentar citou o Rio de Janeiro, ainda dominado pela violência. "Não conseguimos tomar conta de 40 km, onde por dia acontece, em média, 27 roubos de caminhões de carga por dia. A bandidagem cresceu", completou.

Questionado sobre ser ajudado na corrida presidencial com a possibilidade de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que "a prisão ajuda o Brasil". Em mais uma fala das que tem sido comuns, disse que bandido merece a cadeia, não votos". Sobre a reforma da Previdência, Bolsonaro afirmou que é contra a proposta que está sendo apresentado pelo governo Temer e defende que as mudanças sejam feitas em etapas. 

Ele fica em Dourados até esta sexta-feira, quando participa de um debate sobre a reforma nas regras previdenciárias, na Associação Comercial e Empresarial de Dourados.

Veja abaixo a chegada do deputado federal Jair Bolsonaro a Dourados

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