Em reunião, PT discute como defender governo Dilma em MS
Depois de uma das maiores manifestações populares já realizadas em Campo Grande, com mais de 30 mil pessoas na Avenida Afonso Pena no último domingo, o diretório Regional do PT em Mato Grosso do Sul resolveu definir estratégias para partir para defesa do governo Dilma Roussef aqui no Estado.
Em reunião realizada ontem à noite e na manhã deste sábado, membros do partido discutiram, entre outras coisas, formas de fortalecer o Governo Federal diante das críticas, que chegaram ao extremo pedido de impeachment da presidente.
O encontro teve a presença do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), secretário nacional de assuntos institucionais do partido; o presidente da executiva regional, Paulo Duarte; o deputado federal Zeca do PT; os deputados estaduais João Grandão e Amarildo Cruz, além da vereadora Thaís Helena.
“Há uma campanha sistemática contra nós. Quando acabaram as eleições, eu acho que o PT, por não ter mais programas de televisão, não ter mais inserções, de fato desmobilizou um pouco sua base social. A oposição mudou seu padrão de organização e continuou fazendo ofensiva. Isso levou ao aumento de uma crise política”, disse Lopes ao Campo Grande News.
A respeito dos protestos, ele afirma que foram várias as reivindicações da população. Para o deputado federal, a minoria levanta a bandeira de intervenção militar, guiados por lideranças oposicionistas, querendo, segundo ele, “impor uma pauta fascista, uma pauta golpista, da volta da ditadura contra a legalidade da eleição da presidente Dilma”, relata.
No entanto, a maioria dos manifestantes marchou contra a corrupção. “Com esse setor que quer melhorias, nós lançamos o pacote anticorrupção”, comenta. Na opinião dele o que ocorre com o atual governo é que as políticas de apuração da corrupção acabam escancarando os esquemas ilegais, enquanto em governos anteriores, os crimes eram “empurrados para baixo do tapete”, passando a falsa ideia de uma administração incólume.
“É meio fascista alguém acreditar que se tirar o PT, tirar a Dilma, acabará a corrupção. Se tirar o PT, tirar a Dilma, o que não vão tirar, porque senão seria golpe e a sociedade não aceita mais golpe, seria apenas acabar com a apuração da corrupção”, afirma.