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Política

Em três primeiros meses CPI da Saúde ouviu 30 pessoas em 13 oitivas

Jéssica Benitez | 13/08/2013 13:15
CPI da Saúde terminará no dia 13 de novembro (Foto: Cleber Gellio)
CPI da Saúde terminará no dia 13 de novembro (Foto: Cleber Gellio)

Com 90 dias de duração a CPI da Saúde da Câmara Municipal de Campo Grande, por meio do presidente Flávio César (PTdoB), protocolou pedido de prorrogação por mais três meses na Casa de Leis. Teoricamente o prazo findaria hoje, agora o término será dia 13 de novembro. O intuito é investigar possíveis desvios de recurso público no tratamento oncológico na rede de saúde da Capital.

Ao longo desta primeira etapa, a comissão realizou 13 oitivas e uma acareação, sendo que aproximadamente 30 pessoas foram ouvidas. Integrantes dos conselhos Municipal e Estadual de Saúde, médicos, familiares de vitimais fatais da doença, foram ouvidos. Os personagens principais da história, José Carlos Dorsa e Adalberto Siufi, ex-presidente do

Hospital Universitário e Hospital do Câncer, respectivamente, também prestaram depoimento.
A reitora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Célia Correa e a médica física Regina Prestes, responsável pela radioterapia do UH, fizeram parte da sabatina. Os últimos a serem ouvidos foram os ex-presidentes do Conselho Curador do HC, Blener Zan e Luis Felipe Mendes. Grande parte dos depoimentos dos possíveis envolvidos colhidos até hoje foram embasados pelas frases “eu não sei”, “eu não sabia” e “não vejo nada ilícito nisso”.

A CPI também teve acesso ao inquérito da Operação Sangue Frio da Polícia Federal, incluindo gravações de telefonemas que revelam tratativas do esquema de corrupção. Os vereadores visitaram o MPE (Ministério Público Estadual) e a promotora Paula Volpe foi uma das primeiras depoentes.

Na semana passada, tanto a comissão da Câmara, quanto a CPI da Saúde instalada na Assembleia Legislativa, estiveram em Brasília, os parlamentares conversaram por 1 hora com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que se comprometeu em mandar uma coordenadoria da pasta para apresentar relatório da força-tarefa feita nos hospitais de Campo Grande às comissões.

Hoje, conforme Flávio César, os vereadores têm 10 mil páginas de documentos para analisar. “Isso porque ainda faltam documentos da UFMS e da secretária Municipal de Saúde”, explicou. O presidente pretende finalizar as oitivas ainda este mês. “Vamos fazer acareação entre o Adalberto e o Carlos Alberto Coimbra”, disse se referindo ao ex e ao atual presidente do HC.

Também estão cotados para depor, os ex-secretários de Saúde tanto do Município quanto do Estado. “Depois disso vamos nos dedicar a analise de tudo para fazermos um relatório consistente e detalhado que responsabilize os que cometeram irregularidades e também propor melhorias para o sistema público de saúde”, finalizou.

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