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Política

Empresário da noite de MS deve prestar depoimento na quarta-feira, diz PF

Thiago Nunes Cance está no interior de MS

Mayara Bueno e Julia Kaifanny | 27/09/2016 11:45
Thiago Nunes Cance, empresário implicado na Lava Jato. (Foto: Reprodução Facebook)
Thiago Nunes Cance, empresário implicado na Lava Jato. (Foto: Reprodução Facebook)

Implicado na 35º fase da Lava Jato, Thiago Nunes Cance ainda não prestou depoimento e deve ir à PF (Polícia Federal) na quarta-feira (28). O empresário está em uma cidade do interior de Mato Grosso do Sul, afirmou seu advogado de defesa Fábio Ferraz, nesta terça-feira (27). O MPF (Ministério Público Federal) acredita que ele tenha recebido propina entregue pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht em 2010.

Hó pocuo, o delegado da PF Alexandre Fresneda saiu e informou que Thiago não deve depor hoje, somente amanhã, mas ainda não há horário definido. O advogado, por sua vez, nega que já tenha sido marcado o depoimento.

Também afirmou que ainda não tem conhecimento da denúncia que pesa contra Thiago, que é dono de casas noturnas em Campo Grande. “Ainda não. Vou saber agora a tarde”. Ainda de acordo com o advogado, Thiago ainda não foi notificado para depor. Ontem, quando a operação foi deflagrada em âmbito nacional, o empresário não havia sido encontrado, portanto, não prestou depoimento.

A expectativa era que Thiago falasse com a Polícia Federal hoje, mas, até o fechamento e publicação deste texto, o empresário ainda não havia chegado na sede, em Campo Grande.

Omertá – Thiago teria de ser levado à sede da PF de Campo Grande para prestar esclarecimentos na manhã de ontem (26). A operação teve 45 ordens judiciais, sendo 27 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão temporária e 15 mandados de condução coercitiva. Os locais foram São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

O nome Omertá, dado à investigação policial, é referência a origem italiana do codinome que a construtora usava para fazer referência ao principal investigado da 35ª fase da operação. Nos supostos registros de pagamentos de propinas da Odebrecht, o ex-ministro dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Dilma Rousseff (PT), Antonio Palocci, era chamado de “italiano”.

*Matéria editada para correção de informação às 11h55.

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