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Capital

Dono de boate alvo da Lava Jato deve se apresentar à PF nesta terça-feira

Thiago Cance é suspeito de receber propina da Odebrecht em 2010

Anahi Zurutuza | 26/09/2016 19:50
Thiago Cance, citado na Lava Jato (Foto: Facebook/Reprodução)
Thiago Cance, citado na Lava Jato (Foto: Facebook/Reprodução)

Thiago Nunes Cance, empresário de Campo Grande alvo da 35ª fase da Operação Lava Jato deflagrada nesta segunda-feira (26), deve se apresentar à Polícia Federal amanhã (27). A informação foi dada pela TV Morena, afiliada da Rede Globo, na segunda edição do jornal local.

O dono de boates na Capital é suspeito de receber propina da Odebrecht, empreiteira investigada na força-tarefa, em 2010.

Ele não teria sido encontrado ao longo do dia de hoje, porque teria viajado para o interior. Os celulares de Thiago e do irmão dele – os dois são sócios na Move Club e na antiga Wood’s – passaram o dia desligados.

A reportagem do Campo Grande News também passou o dia tentando confirmar com a Polícia Federal se o jovem já havia prestado depoimentos, mas a assessoria de comunicação local não estava autorizada a dar informações sobre a Lava Jato. A equipe também tentou a informações com a PF de Curitiba, mas nada foi confirmado.

Três advogados da família foram contatados, mas nenhum deles quis dar informações a respeitos dos mandados de busca e apreensão, condução coercitiva e quebra do sigilo telemático – celular e meios eletrônicos de comunicação.

A reportagem ainda tentou contato com o pai de Thiago, Aurélio Cance, mas ele enviou recado pelo porteiro do condomínio onde mora dizendo que não poderia falar com a equipe.

Omertá – Thiago teria de ser levado à sede da PF de Campo Grande para prestar esclarecimentos na manhã de hoje (26). A operação teve 45 ordens judiciais, sendo 27 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão temporária e 15 mandados de condução coercitiva. Os locais foram São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

O nome Omertá, dado à investigação policial, é referência a origem italiana do codinome que a construtora usava para fazer referência ao principal investigado da 35ª fase da operação. Nos supostos registros de pagamentos de propinas da Odebrecht, o ex-ministro dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Dilma Rousseff (PT), Antonio Palocci, era chamado de “italiano”.

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