Esquecidas por 17 anos, micro e pequenas empresas terão apoio com novo programa

Micro e pequenas empresas ficaram com pouquíssima assistência da prefeitura da Capital nos últimos 17 anos. Nesse tempo, foram incubadas apenas 106 empresas, o que significa uma média de 6,2 empresas por ano. As incubadoras são espaços para dar apoio nos primeiros anos de uma micro ou pequena empresa. Hoje, apenas seis empresas estão incubadas na cidade.

A constatação é da própria prefeitura, que elaborou um projeto de lei para criar o Programa Municipal de Incubação de Empresas, começando pela reforma das quatro incubadoras que a cidade tem, com investimento de R$ 2 milhões, de acordo com o titular da Sidagro (Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio), Rodrigo Terra, que assumiu a pasta em abril deste ano.

“Esperamos que a obra seja licitada neste ano e comece em meados do ano que vem. Além da reforma, queremos fazer a modernização das incubadoras e integrá-las em um Parque Tecnológico. Isso vai fazer com que as empresas possam trocar informações entre si e conseguir recursos de maneira mais rápida, além de aprender um com o outro”, explicou o secretário Rodrigo Terra.

A ideia é  tornar o programa uma política pública e não política de governo, como é atualmente, já que as incubadoras funcionam com base em um decreto, já ultrapassado.

O Parque Tecnológico é um projeto inspirado no Porto Digital de Recife, Capital de Pernambuco, que uma equipe da prefeitura visitou neste ano. Essa parte do projeto depende ainda de mais estudos e recursos, conforme o secretário.

O projeto para criar o programa é o pontapé para retomar o tempo perdido, mas pouca coisa deve ser aproveitada, porque além dos prédios precisarem de reforma, os modelos de incubação estão ultrapassados. “Como as incubadoras foram implantadas em 2004, o que era importante naquele tempo hoje, já avançou. Hoje, o entendimento é muito diferente do que era há 17 anos atrás”, comentou Terra.

Como será - O novo programa prevê sala individualizada; sala de reuniões; área para demonstração e exposição de produtos e serviços; áreas de convívio; lab makers, que são espaços de criação; coworking, que são para trabalho compartilhado e também laboratórios compartilhados.

Tudo isso deve ter água, energia elétrica, internet, equipamentos de uso comum, serviços de conservação e limpeza, recepção e segurança 24 hora por dia. O programa terá ainda Sala do Empreendedor e suporte técnico, como capacitações, treinamentos, consultorias e assessorias.

Além de micro e pequenas empresas, cooperativas também poderão fazer parte do programa. Além disso, o projeto de lei aumenta de dois anos para até cinco anos o tempo que uma empresa poderá ficar recebendo todo apoio para crescer.

As empresas interessadas em participar do programa têm que esperar, pois ainda não há previsão de novo edital para seleção. O projeto da prefeitura para criar o novo programa está na Câmara Municipal, onde os vereadores devem avaliar e votar a proposta.

Atualmente, existem as incubadoras têxtil, de alimentos, tecnológica e de artesanatos. Clique aqui para saber os locais e mais informações sobre as incubadoras da Capital.