Faltando quase um mês para eleição, candidatos ao governo quase não têm doações
Mais da metade dos postulantes têm apenas fundo partidário
A praticamente um mês das eleições, os candidatos ao governo do Estado ainda engatinham quando o assunto é angariar doações para financiar suas campanhas. Dos oito nomes, mais da metade receberam apenas o repasse do fundo partidário que têm direito, sem participação de pessoas físicas como doadores. Empresas não podem contribuir financeiramente.
A deputada federal Rose Modesto (União Brasil), por exemplo, é a que lidera o ranking de valor com R$ 5,6 milhões, mas conta até o momento somente com a verba enviada pela executiva nacional do partido.
O mesmo ocorre com o ex-governador André Puccinelli (MDB) que tem R$ 5,2 milhões vindos do fundo partidário. Tanto ele quanto Rose ainda não registraram gastos no sistema de controle da Justiça Eleitoral.
O ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad recebeu do PSD, sigla pela qual é candidato a governador, o total de R$ 4,6 milhões. Além disso, ele doou R$ 10 mil a própria campanha. Até agora o único gasto registrado foi de R$ 19 mil com impulsionamento de conteúdo nas redes sociais.
O ex-secretário estadual de Infraestrutura Eduardo Riedel (PSDB) tem R$ 2,1 milhões. Destes, R$ 1,8 milhão oriundo da executiva nacional. Ele também contribuiu com a própria campanha doando R$ 150 mil. O tucano registrou despesas contratadas de R$ 3,7 milhões, sendo que R$ 527 mil foram pagos e o restante ainda será quitado.
A advogada Giselle Marques recebeu R$ 1,5 milhão do PT, sem outras doações. A petista ainda não declarou com o que gastou nesses primeiros dias de campanha. Assim como o advogado Adonis Marcos (PSOL) que tem como única doação R$ 213,2 mil vindos do fundo partidário.
O deputado estadual Renan Contar (PRTB) acumula R$ 192,7 mil e nenhum centavo veio da sigla. Do total, R$ 147 mil foi doado pelo advogado Humberto Figueiró que ocupa vaga de vice-governador em sua chapa.
Contar e a esposa, Iara Diniz, que concorre como deputada estadual pelo PRTB doaram R$ 20 mil cada. O parlamentar teve despesa de R$ 20,5 mil com confecção de adesivos e outros R$ 20 mil impulsionando conteúdo nas redes sociais. Magno de Souza (PCO) não tem registro de doação ou gasto.