ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 25º

Política

Gilmar Olarte descarta se apresentar à justiça e entra com habeas corpus

Paulo Yafusso e Alan Diógenes | 01/10/2015 19:00
Advogado de Olarte entra com HC e diz que ele não se apresenta à Justiça (Foto: Arquivo)
Advogado de Olarte entra com HC e diz que ele não se apresenta à Justiça (Foto: Arquivo)

O advogado Jail Azambuja entrou na tarde de hoje com HC (habeas corpus) no TJ/MS (Tribunal de Justiça do Estado) para suspender a ordem de prisão provisória emitida ontem pelo desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva. O argumento é de que o pedido é ilegal, desprositada, desproporcional e com “fundamentação deficiente”. O caso será analisado pela seção criminal do Tribunal.

O advogado afirma ainda que a prisão seria inócua, já que Gilmar Olarte se colocou a disposição tanto do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) como no Judiciário e afastado da função de prefeito não teria como atrapalhar as investigações sobre o esquema de cassação do prefeito Alcides Bernal (PP).

“Não houve qualquer tentativa de notificação do paciente para prestar depoimento, seja do Gaeco, seja do TJMS; as testemunhas estão prestando normalmente seus depoimentos; não há qualquer notícia de que o paciente tenha ou esteja tentando influenciar esses depoimentos; qual motivo para prendê-lo?”, questiona Jail Azambuja.

Ele argumenta ainda que a prisão temporária “mostra-se inconsistente e totalmente destituída de qualquer fundamentação idônea e totalmente destituída de qualquer fundamentação idônea”, já que no pedido formulado pelo Gaeco não foi mencionado o que se pretende para a investigação, com a prisão do ex-prefeito.

Azambuja justifica ainda o fato de Gilmar Olarte não ter sido encontrado pelo oficial de justiça para o cumprimento do mandado de prisão e ser considerado “foragido”. No entendimento dele, com essa atitude o prefeito afastado estaria “resistindo” à injustiça e para isso cita decisão do ministro Eros Grau, do STF, que num dos seus despahos diz que “é legítima a fuga com o objetivo de impugnar prisão cautelar considerada injusta”.

O desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva decretou a prisão temporária de Gilmar Olarte e também do empreiteiro e dono da Proteco, João Amorim. No início da noite, os advogados do empresário, Benedicto Arthur de Figueiredo Neto e Ari Raghianti, chegaram à sede do Garras. Benedicto de Figueiredo disse que foi conversar com Amorim, para definir as próximas ações. Em princípio, Amorim deve permanecer os cinco dias da provisória no Garras.

Nos siga no Google Notícias