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Política

Governo diz que busca eficiência, mas não irá "pré-julgar" diretores do Detran

Diretoria do órgão apresentou pedido de demissão na tarde desta quinta-feira (31)

Luana Rodrigues e Rafael Ribeiro | 31/08/2017 17:02

O secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, disse em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (31) que o Governo irá acompanhar de perto e colaborar com as investigações do Ministério Público Estadual sobre o Detran (Departamento Estadual de Trânsito), mas não fará um "pré-julgamento" dos servidores envolvidos.

Conforme Riedel, a saída de Gerson Claro Dino da direção do Detran foi para "não deixar nenhum tipo de constrangimento e garantir a liberdade de investigação". "Fizemos uma reunião hoje pela manhã e o governador aceitou a demissão. Reuniões já estão sendo feitas para a escolha da nova diretoria e os nomes devem ser publicados no Diário Oficial de amanhã", explicou.

O secretário também reforçou que o Governo tem trabalhado para gerir de forma eficiente o Estado, de maneira a conseguir os melhores resultados. Sobre o rompimento dos contratos com as empresas envolvidas na investigação, o secretário respondeu que "é um processo dinâmico".

"Os contratos tem de ser respeitados. Mas a Fazenda (secretaria de Fazenda), que tem conhecimento de todos os acordos, procura sempre o melhor para o Estado. Nós estamos vindo de um decréscimo de preços nos contratos. Essa é uma garantia do Governo, preços baixos e mais eficiência para fazer frente as dificuldades que estamos encontrando. O que nós vamos buscar sempre é a melhor eficiência", afirmou.

Operação - Gerson Claro Dino, diretor-presidente do Detran, foi preso na madrugada de terça-feira (29), juntamente com o diretor-adjunto Donizete Aparecido da Silva, o diretor administrativo e financeiro, Celso de Oliveira, e o diretor de Tecnologia, Gerson Tomi, e o o chefe de departamento Erico Mendonça.

Ao todo, foram presas 12 pessoas na operação, entre elas o ex-deputado estadual Ary Rigo,o sócio da Digix, antiga Digitho Brasil, Jonas Schimidt das Neves e o secretário da empresa Claudinei Martins Rômulo. Todos já estão livres, graças a habeas corpus concedidos pelo Tribunal de Contas

Pelo menos oito empresas de Mato Grosso do Sul são investigadas na Operação por contratos suspeitos com o Poder Público. O Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado) investiga crimes de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, peculato e organização criminosa.

Os depoimentos dos envolvidos estão sendo tomados ainda, na sede do Gaeco.

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