Governo diz que mantém diálogo e analisa melhoria sobre reajuste
Executivo Estadual e funcionários públicos se reuniram para discutir aumento
O governo estadual disse que manterá o diálogo com os servidores públicos e analisar o pedido de reajuste de 16,14%, embora tenha reafirmado dificuldades financeiras nesta segunda-feira (11). O Fórum dos Servidores e os secretários de Administração e Governo, Carlos Alberto Assis e Eduardo Riedel, além da vice-governadora, Rose Modesto (PSDB), passaram boa parte da manhã reunidos para discutir a situação.
Hoje, integrantes do Fórum reiteraram o pedido de reajuste, bem como apresentaram indicativo de greve geral. Eles não aceitam o abono de R$ 200 oferecido pelo Executivo Estadual na semana passada.
Para o titular da Administração, Carlos Alberto, a reunião foi positiva e, mesmo que seja mantido o aumento, a ideia é ouvir as propostas de cada setor. Ao todo são 22 categorias e 45 mil servidores públicos estaduais. Depois desta fase, afirmou, o governo vai ouvir “sindicato por sindicato” para que cada um consiga avançar em “suas questões específicas”.
Voltou a dizer do “momento complicado” e que “requer cautela”. “É muito melhor fazer este enfrentamento sobre os valores com os servidores do que aceitar a proposta e não ter como pagar o reajuste”, disse.
Presidente da ABSS (Associação dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais), Tiago Monaco Marques disse que o indicativo de paralisação se mantém, uma vez que o abono de R$ 200 também foi mantido. Ele afirma que os servidores esperam que até 2 de maio o governo melhore a proposta. “Vamos esgotar todas as possibilidades”.
Ficou combinada nova reunião em 18 de abril, às 9 horas, no Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). A intenção do Fórum é apresentar na ocasião uma pesquisa encomendada pelo grupo sobre números do Executivo Estadual. Segundo ele, o governo teve superávit de R$ 541 milhões em 2015.
Sobre uma possível greve, Assis afirmou a promessa de diálogo até o fim de abril e começo de maio. “Não queremos que os servidores cheguem a isso. O governo continua aberto ao diálogo”, conclui. Se a paralisação acontecer mesmo, podem parar as atividades do pessoal ligado à saúde, segurança, além dos administrativos da educação.