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Política

Governo propõe alíquotas maiores para diminuir rombo na previdência

Reforma aumenta contribuição de servidor de 11% para 14% e do governo de 22% para 28%

Izabela Sanchez e Leonardo Rocha | 31/10/2017 14:37
Jorge Martins explicou projeto nesta tarde. (Foto: Leonardo Rocha)
Jorge Martins explicou projeto nesta tarde. (Foto: Leonardo Rocha)

O Governo do Estado entregou, nesta terça-feira (31), a proposta de reforma no regime previdenciário estadual, que enfrenta um deficit anual de R$ 1,2 bilhão. As mudanças vão produzir uma redução mensal nesse rombo de R$ 35 milhões, segundo o diretor-presidente da Ageprev, Jorge Martins.

Martins afirma que o deficit mensal é hoje de R$ 83,7 milhões. Para fechar a conta, explicou, a reforma prevê uma redução do valor para R$ 48 milhões.

Para isso, informou a contribuição dos servidores passa de 11% para 14%. Já a contribuição patronal, explicou Martins, sobe de 22 para 28%.

União de fundos e mudanças no regime

O deficit de R$ 1,2 bilhão, afirma o governo de Mato Grosso do Sul, é equivalente, por exemplo, a dois meses de arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), uma das reduções tributárias que marcaram a administração entre 2016 e 2017.

“Vamos buscar o equilíbrio. Do jeito que está fica inviável para o futuro. Tanto o Estado como os servidores vão ter que contribuir mais”, afirmou o governo. As cifras da previdência são abastecidas pelo Tesouro Estadual e contemplam 23 mil aposentados e pensionistas, segundo o governo.

Mudanças no regime previdenciário - O diretor da Ageprev explica que a cobrança previdênciária com regime próprio teve início em 1980, com o Previsul. O regime continuou até o ano de 2000. Nessa época, o servidor contribua com apenas 6% do salário para a previdência.

"O recurso era usado para assistência médica e empréstimo para servidores e não se criou uma reserva financeira especifca arrecadada só pra aposentadoria, o que georu essa situação atual", afirma.

Previdência complementar- Entre as mudanças já anunciadas está a unificação das previdências. Ou seja, a partir de agora, todos os poderes estaduais passam a ser condensados em um só fundo previdenciário. Além disso, consta no projeto uma proposta de previdência "complementar".

Facultativa, segundo o texto ao qual teve acesso à reportagem, o regime complementar deverá ser implantado em um prazo de 180 dias. Ele terá caráter "privado, autônomo e contratual". Dessa forma, funciona como uma individualização complementar da previdência: o servidor que contribuir a mais terá benefícios adicionais na aposentadoria.

O teor completo do novo regime será anunciado nesta terça-feira (31), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

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