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Política

Governo quer reparação de prejuízos apontados na Lama Asfáltica

Reinaldo explicou que comitê fará diligência própria e acompanhará investigação

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 02/06/2016 13:07
Governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), nesta quinta-feira (2). (Foto: Fernando Antunes)
Governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), nesta quinta-feira (2). (Foto: Fernando Antunes)

O governo do Estado vai buscar a reparação dos prejuízos apontados na Operação Lama Asfáltica, disse, nesta quinta-feira (2), o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB). Para apurar os desvios de recursos oriundos de obras estaduais, o Executivo Estadual criou um comitê, uma espécie de força-tarefa composta de sete secretarias. A oficialização foi publicada no Diário Oficial de hoje.

“O objetivo é saber o quanto fomos lesados e adotar medidas reparatórias. Publicamos esta normativa interna e teremos nossas diligências”, disse o governador, explicando que a intenção do grupo é ter acesso e acompanhamento da investigação feita pela CGU (Controladoria Geral da União), Receita Federal e MPF (Ministério Público Federal).

Segundo a Polícia Federal, já foi apurado um desvio de R$ 44 milhões de obras e compras públicas, nas duas fases da Operação Lama Asfáltica. Na semana passada, Reinaldo já havia dito que a intenção da força-tarefa é tentar recuperar os recursos desviados, para investir em áreas importantes e essenciais à população.

Ainda segundo o decreto, os trabalhos do grupo podem resultar no pedido de providências administrativas e/ou judiciais para a responsabilização de eventuais danos ao governo.

Desvio - As últimas ações tiveram como foco a lavagem de dinheiro, em uma rede de "laranjas", utilizando os recursos para compra de fazendas, que totalizam 67 mil hectares espalhados por Mato Grosso do Sul.

Nesta segunda fase, batizada como "Fazenda da Lama", 15 pessoas foram presas, além de vários mandatos de busca e apreensão. Destas, oito permanecem detidas, entre eles ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, os empresários João Amorim e Flávio Henrique Scrocchio e Wilson Roberto Mariano de Oliveira, servidor da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).

Em prisão domiciliar estão Raquel Giroto, esposa do ex-deputado, Mariane Mariano de Oliveira, filha de Wilson Mariano, Elza Cristina Araújo, secretaria e sócia de João Amorim e a filha do empresário, Ana Paula Amorim Dolzan.

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