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Política

Jamilson Name, irmão, prima e advogado são absolvidos de atrapalhar investigação

Grupo foi acusado de oferecer dinheiro pra testemunhas mudarem depoimento

Por Ângela Kempfer | 02/08/2024 16:34
Deputados Jamilson Name durante sessão na Assembleia Legislativa. (Foto: Arquivo)
Deputados Jamilson Name durante sessão na Assembleia Legislativa. (Foto: Arquivo)

O deputado estadual Jamilson Name (PSDB), além do irmão Jamil Name Filho, da prima, Cinthya Name Belly, e do advogado Anderson Luiz Ferreira Buzo, foram absolvidos da acusação de atrapalhar investigações referentes à operação Òmerta, que revelou a ação de milícia comandada pelos Name..

Segundo denúncia do Ministério Público Estadual, o grupo teria coagido e oferecido dinheiro para que testemunhas mudassem depoimentos ou deixassem a cidade.

Na denúncia, constavam os recibos de pagamentos, além de conversas interceptadas entre testemunhas e acusados. Mas em decisão publicada nesta sexta-feira, o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de  Campo Grande, decidiu pela absolvição por falta de provas robustas.

Na avaliação dele "não ficou demonstrado pela acusação que o pagamento de valores por supostos membros da organização criminosa tenha, concreta e objetivamente, atrapalhado o andamento das investigações"

O juiz também destacou que, "apesar das suspeitas serem graves, era necessário que a acusação efetivamente demonstrasse qual foi o prejuízo gerado à investigação que tenha daí decorrido”

Apesar da absolvição de Jamil Name Filho nesta ação, ele seguirá preso em Mossoró (RN) por ter sido condenado pelo assassinato do estudante Matheus Xavier, morto por engano no lugar do pai.

O advogado do deputado Jamilson Name, Tiago Bunning, garante que sempre acreditou na absolvição "Foi feita a justiça em um processo em que todas as provas confirmam que não houve qualquer conduta ou intenção de obstruir as investigações durante a Operação Omertà. Nosso cliente é um homem que se dedica a vida pública, que respeita e acredita em todas as instituições de Estado e jamais causaria obstáculos ao trabalho da Polícia Civil (GARRAS) ou do Ministério Público (GAECO).", avalia.

Decisão repetida - Em junho, desembargadores da 2ª Câmara Criminal já haviam mantido a mesma decisão para Fahd Jamil, o “Rei da Fronteira”, o filho dele, Flávio Correia Jamil Georges, Jamil Name Filho, o ex-guarda civil, Marcelo Rios, e o delegado Márcio Shiro Obara pelos crimes de corrupção, ativa e passiva, e obstrução à Justiça.

A turma de magistrados do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) confirmou, portanto, decisão de 1ª instância que inocentou cinco réus em uma das ações penais derivadas da Operação Omertà.

Depois que o juízo de 1º grau considerou inocentes os cinco acusados, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recorreu ao Tribunal. Mas o desembargador Luiz Gonzaga Marques, entendeu que “não há elementos suficientes” para comprovar que houve pagamento de propina para que o delegado Obara fizesse “corpo mole”  para atrapalhar as investigações  da execução do policial militar reformado Ilson Martins de Figueiredo, em 11 de junho de 2018. .

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