Sthefany tentou vida na Espanha, mas imigração se tornou pesadelo
Grávida, sul-mato-grossense precisou criar vaquinha já que não tem dinheiro para retornar
“Imigração não é como a gente pensa”. Aos 29 anos, Glória Sthefany da Silva Torrez resolveu vender tudo o que tinha em Campo Grande para tentar a vida na Espanha. Com os planos não tomando o rumo imaginado, a imigração virou um pesadelo e, sem dinheiro para voltar ao Brasil, a sul-mato-grossense decidiu compartilhar a história e pedir ajuda.
Não foram necessários muitos meses para que Sthefany entendesse a situação complicada em que está. Em novembro, a corumbaense chegou a Bilbao, cidade portuária no norte da Espanha, e o dinheiro que havia levado foi todo gasto nesse primeiro período.
Contextualizando a história, ela explica que as coisas começaram a sair dos trilhos antes mesmo de embarcar com seu filho. Mas, quando entrou no avião, imaginou que daria conta.
A estratégia inicial era sair de Campo Grande com seu então marido, mas os dois se separaram e, consequentemente, parte da renda ficou pelo caminho. Enquanto morava na Capital, Sthefany trabalhava em uma lotérica com emprego fixo.
“Eu tinha uma casa alugada e mobiliei tudo novo. Também tinha uma moto Biz 124, ano 2022. Vendi tudo, fiz acordo com meu patrão para poder vir para a Espanha. Com esse valor (da venda e do emprego), comprei as passagens e fiquei com dinheiro para trocar aqui”.
Ao todo, ela tinha R$ 3 mil, o que rendeu apenas um mês em Bilbao.
Na época em que começou a pensar em se mudar, a ideia veio por ter família morando na Espanha. “Minhas irmãs estavam bem aqui financeiramente, então comecei deixando tudo certo com a documentação e meu objetivo era trabalhar com meu ex-marido para iniciarmos uma vida de sucesso aqui”.
Sem nunca ter viajado internacionalmente, ela decidiu manter a viagem após se separar, já que as passagens estavam compradas. Até então, um emprego para fazer limpeza estava garantido em Bilbao, mas Sthefany conseguiu trabalhar por pouco tempo.
Segundo a corumbaense, ela foi dispensada quando completou quatro meses de gestação e ficou sem renda. Apesar das dificuldades, suas irmãs conseguem ajudar com local para morar e alimentação, mas devido ao cenário não ser ideal, Sthefany tem tentado retornar.
“Estou agora sem emprego, o que dá mais incertezas. Fiquei doente e tenho meu filho também, sem poder dormir. Não sei mais o que fazer, além de que não conseguimos também nos adaptar ao clima daqui, que é extremamente frio”.
Ao todo, as passagens custam cerca de R$ 8 mil e, para quem quiser conferir a história de Sthefany, a vaquinha está disponível aqui.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.
