Junior Mochi admite possível saída de Marquinhos do PMDB
O presidente estadual do PMDB, o deputado Junior Mochi, admitiu que realmente Marquinhos Trad deve deixar o partido, em função de suas últimas declarações e posicionamento sobre o tema, mas reiterou que de sua parte não vê problema algum com o parlamentar e que gostaria que ele continuasse na legenda.
"Cabe apenas a ele decidir sobre esta questão, ele tem dito que pretende sair do partido, então realmente deve sair, mas da minha parte não vejo nenhum clima ruim, gostaria que ele continuasse", ressaltou ele.
Marquinhos começou a reclamar de espaço do partido logo após o término da eleição do ano passado, quando disse que pretendia ser candidato a prefeito de Campo Grande, mas que o PMDB não indicaria seu nome.
Na semana passada um novo capítulo deste história aconteceu, quando a bancada estadual do PMDB preferiu escolher Maurício Picarelli para integrar a CCJR (Comissão de Constituição e Justiça e Redação), em detrimento a Marquinhos. Este por sua vez voltou a dizer que se sente "perseguido" e sem "espaço", abrindo mão de participar das demais comissões do legislativo.
Planejamento - Com possíveis novas baixas e de olho nas próximas eleições, a direção executiva do PMDB se reúne na próxima segunda-feira (23), às 9h, na sede do partido, para começar a planejar o ano e novas estratégias eleitorais. "O que posso adiantar é que vamos nos reunir para definirmos o que vamos ver daqui para frente", disse Mochi.
O presidente da legenda ainda ressaltou que convidou o ex-governador André Puccinelli (PMDB) para participar do encontro, pelo sua atuação e perfil de liderança na legenda. "Nós o convidamos e esperamos que ele vá, seria importante para o partido".
Comando - Após uma articulação de consenso, Mochi conseguiu ser eleito presidente da Assembleia Legislativa e com isto o PMDB permaneceu no comando da Casa de Leis, no entanto após a formação do bloco dos pequenos, a legenda deixou de ter dois titulares nas comissões, para indicar apenas um.
"Nós conseguimos ter titulares em todas as comissões, iremos ter presidente em algumas e outras não, mas isto não interfere até porque as decisões são tomadas de forma colegiada", explicou Mochi. Na comissão mais disputada da Casa, a CCJR, o deputado Maurício Picarelli almeja a presidência, mas tem como rivais Lídio Lopes (PEN) e José Carlos Barbosa (PSB).