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Política

Justiça retira cheques falsificados de processo contra Gilmar Olarte

Ricardo Campos Jr. | 04/02/2016 16:57

Perícia feita a mando da Justiça confirmou a falsificação de cinco folhas de cheque apresentadas como prova contra Ronan Feitosa, acusado de fazer "empréstimo" junto a agiotas para gastos na campanha eleitoral de 2012 com lâminas fornecidas por terceiros em branco. Diante do laudo, desembargadores da Seção Criminal decidiram retirá-las do processo.

O escândalo envolve o vice-prefeito afastado do cargo de prefeito, Gilmar Olarte (PP), que responde a processo, junto com Ronan, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A defesa de Ronan entrou com o chamado incidente de falsidade com base em uma perícia particular feita em sete lâminas. Ele alegava que não tinha conta nos bancos de algumas das folhas na época em que elas foram emitidas. Além disso, duas folhas foram emitidas em Curitiba, enquanto o acusado garante nunca ter estado na capital paranaense.

Diante da suspeição, a Justiça determinou uma segunda análise nos documentos e constatou que apenas dois deles eram verdadeiros.

Os cheques falsos somaram R$ 40 mil, sendo quatro deles do HSBC e três do Bradesco. O advogado de Feitosa, Hugo Farias, revelou ao Campo Grande News em maio do ano passado que o objetivo dele ao entrar com o recurso foi provar que a dívida do cliente dele não passa dos R$ 50 mil e não R$ 1 milhão como anunciado. As folhas tidas como autênticas seguem como prova no processo.

A defesa do acusado confirma que ele realmente é o dono de algumas das dívidas, feitas para pagar cabos eleitorais contratados durante a campanha de Alcides Bernal (PP), quando Olarte era candidato a vice.

Farias diz também que Ronan nunca prometeu cargos e contratos em troca dos empréstimos, como alegaram as vítimas, e diz que ele não tem mais relação com o ex-prefeito.

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