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Política

Líder de protestos pró-Bernal ganha cargo com salário de R$ 4,4 mil

Kleber Clajus | 31/01/2014 13:07
Abílio, ao telefone, vai ter salário alto após comandar atos a favor de Bernal e contra os vereadores (Foto: Cleber Gellio /Arquivo)
Abílio, ao telefone, vai ter salário alto após comandar atos a favor de Bernal e contra os vereadores (Foto: Cleber Gellio /Arquivo)

O presidente do MNLM (Movimento Nacional da Luta pela Moradia), Abílio César da Silva Borges, que comandou os protestos na Câmara Municipal contra a cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), ganhou um cargo com salário de R$ 4,4 mil na prefeitura da Capital. Ele foi nomeado, nesta sexta-feira (31), como assessor DCA-3 na Secretaria de Governo e Relações Institucionais.

De acordo com dados do SIC (Serviço de Informação ao Cidadão), o salário de um assessor especial III (DCA-3) é de R$ 2.772,46. Abílio ainda terá somada gratificação de representação como coordenador da Coordenadoria para Assuntos Comunitários e Sociais, o que acrescenta mais 60% ao vencimento. No total, a remuneração pode chegar a R$ 4.435,93. A nomeação é retroativa a 13 de janeiro.

O líder dos sem-teto ressalta que a indicação é “uma conquista histórica dos movimentos sociais na Capital”. Nomes para o cargo teriam sido entregues a Bernal, depois de plenária dos movimentos no dia 11 de janeiro.

“Aceitamos com toda a tranquilidade porque a decisão de nomear ocorreu após o processo ser referendado pelos movimentos sociais e construído de forma coletiva. Já estamos fazendo reuniões com líderes comunitários e atendendo, provisoriamente, na Escola de Governo”, comenta Abílio.

Sobre o fato de ter sido um dos principais articuladores de manifestações na Câmara Municipal no ano passado, ele justifica que o movimento criado “possibilitou que a discussão em torno dos problemas da cidade, antes restrita a prefeito e vereadores, também incluísse os movimentos sociais organizados”.

A imparcialidade de Abílio é questionada por sua ligação com o chefe do Executivo, de quem participou do primeiro programa eleitoral no segundo turno, além de críticas contra vereadores da oposição.

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