Lídio diz que só não será presidente da CCJR se for retirado da comissão
Na disputa do cargo com Beto Pereira (PSDB), o parlamentar se mantém irredutível, pois sempre tem que ceder na Casa
Protelado o empasse pela presidência da comissão permanente mais importante da Assembleia Legislativa, a CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), o deputado estadual Lídio Lopes (PEN) é categórico ao afirmar que não abrirá mão do cargo. “Só se eles me tirarem da comissão”, reiterou hoje o parlamentar.
Após sessão extraordinária da CCJR, realizada ontem, o presidente do legislativo estadual, Júnior Mochi (PMDB) e Lídio se desencontraram. Eles teriam uma conversa para tratar do assunto. Um novo encontro deverá ocorrer na segunda-feira (6), já que na sessão de terça-feira (7), a questão precisa ser resolvida, sob pena de prejudicar o andamento de dois importantes projetos do Executivo: a PEC (Proposta de Emenda a Constituição) que estabelece teto de gastos para o Governo do Estado pelos próximos dez anos e a reforma da estrutura administrativa do Executivo estadual.
“Eu estou sempre abrindo mão aqui, desde o primeiro ano. É a minha vez e sempre alguém vem falar que tem um acordo com 'A' ou com 'B'. Se eu perder no voto tudo bem, mas abrir mão... Só se eles me tirarem da comissão”, disparou Lídio Lopes.
Presidência - Deputados ainda não entraram em acordo sobre quem presidirá a comissão. Beto Pereira (PSDB) e Lídio Lopes (PEN), ambos membros da comissão, querem o cargo.
O deputado Beto Pereira (PSDB), recorreu ao regimento interno sob alegação de quebra de acordo com o bloco do PMDB para que ele fosse eleito presidente.
Segundo Beto Pereira, pelo acordo estava definido que cada bloco indicaria dois representantes para cada uma das 12 comissões da Casa, e no momento da votação entendeu que perderia por 3 a 2 para o concorrente, que teria os votos dos deputados Renato Câmara (PMDB) e Pedro Kemp (PT), contra o voto dele próprio e do companheiro de partido, o deputado Rinaldo Modesto.