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Política

Ligação de Energisa à CPI da Enersul prejudica empresa, diz presidente

Mariana Rodrigues | 30/04/2015 19:04
O diretor-presidente da Energisa, Marcelo Silveira da Rocha, disse que a ligação afeta a imagem da empresa. (Foto: Fernando Antunes)
O diretor-presidente da Energisa, Marcelo Silveira da Rocha, disse que a ligação afeta a imagem da empresa. (Foto: Fernando Antunes)

Diante das investigações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enersul, o diretor-presidente da Energisa, Marcelo Silveira da Rocha, disse estar incomodado com o fato de relacionarem o nome da empresa nas investigações.

"Não estou aqui para julgar se a CPI é regular ou irregular, o que me incomoda é o fato do nome da Energisa está ligado a uma administração ruim. Temos uma tradição de 110 anos de ótima administração, sou contrário a ver o nome da Energisa envolvido nisso", comentou.

Rocha comentou ainda que segundo o relatório da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), não há o conhecimento da origem do desvio de R$ 700 milhões, conforme foi divulgado anteriormente. "Esse valor é factoide, não sei como chegaram a esse número, isso não consta no relatório da Aneel, assim como não consta a participação de político nenhum envolvido", disse.

Sobre os recentes aumentos na conta de energia elétrica, Rocha afirma que não têm nenhuma relação com o suposto desvio. Ele afirma que o aumento ocorre devido a crise pela qual passa o setor elétrico brasileiro, em especial pela falta de chuvas que tem forçado o acionamento das usinas térmicas, com custo bem superior ao das usinas hidrelétricas.

"Não há nenhum impacto na tarifa do consumidor. Nada disso afetou a tarifa, pois o serviço é regulado, mesmo se fosse pago salários absurdos para funcionários, isso não refletiria na conta do consumidor. A possibilidade do consumidor pagar por essa suposta fraude e quase zero", afirmou.

A CPI já solicitou documentos para a empresa Energisa, conforme informou o presidente, inclusive a quebra doi sigilo bancário da empresa. Mas, ele alega que alguns dados são confidenciais, por isso o setor jurídico e contábil da empresa já está realizando todos os trabalhos necessários. "Na medida do possível vou colaborar com a CPI, pois na nossa gestão não há nada de errado", garantiu.

A mudança de denominação social de Enersul para Energisa Mato Grosso do Sul foi aprovada em assembleia geral da concessionária no dia 2 de fevereiro, conforme comunicado do diretor de relações com os investidores, Maurício Perez Botelho. O registro da nova denominação na Junta Comercial ocorreu no dia 12 do mesmo mês.

Rocha disse que todo o setor elétrico brasileiro sabia da situação econômica da Enersul, mesmo assim a Energisa decidiu adquirir a empresa para expandir e melhorar o setor elétrico do Estado. O valor da negociação não foi divulgado, mas o presidente garante que assumiu mais de 1 bilhão em dívidas na época.

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