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Política

Lula pede diagnóstico completo dos territórios guarani kaiowá

Presidente volta a se reunir com lideranças indígenas sul-mato-grossense nesta semana

Por Fernanda Palheta | 12/08/2024 11:31
Retomada Yvy Ajere, local de conflito pela demarcação do Território Panambi Lagoa Rica, de 12,1 mil hectares (Foto: Helio de Freitas)
Retomada Yvy Ajere, local de conflito pela demarcação do Território Panambi Lagoa Rica, de 12,1 mil hectares (Foto: Helio de Freitas)

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quer um diagnóstico completo da situação fundiária dos territórios Guarani Kaiowá em Mato Grosso do Sul. O MPI (Ministério dos Povos Indígenas) deve apresentar o levantamento ainda nesta semana, em uma nova reunião entre o chefe do executivo nacional e grupo de indígenas do Estado, sem data confirmada.

A medida busca identificar as fases de demarcação das áreas em disputa para definir as ações que serão tomadas para resolver os conflitos, que se arrastam há décadas. Na reunião realizada no último sábado (10), a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, reiterou que disputa é um problema estrutural e só será solucionada com a demarcação.

O secretário-executivo do MPI, Luiz Eloy, detalha que a pasta seguirá dialogando com as comunidades indígenas e fazendeiros para mediar o conflito.

Lula se reuniu com liderança indígenas do Estado pela primeira vez para tratar sobre o conflito entre Guaranis Kaiowá e fazendeiros durante agenda em Corumbá, quando sancionou a Lei de Manejo de Fogo, no dia 31 julho.

Entre os dias 13 e 14 de julho, alegando estarem cansados de esperar pela demarcação da área de 12,1 mil hectares identificada em 2011, os guaranis e kaiowás ocuparam sete propriedades rurais localizadas dentro do território.

Conforme a Aty Guasu, principal organização política do povo guarani e kaiowá, desde 14 de julho, quando os indígenas estenderam a “retomada de Guaaroka” para área de 150 hectares, os guaranis e kaiowás estão cercados por pessoas armadas, supostamente fazendeiros.

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