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Política

Lula recebe indígenas e anuncia reforço em Douradina

Grupo guarani-kaiowá representou comunidade da Terra Indígena Panambi, de Douradina

Por Caroline Maldonado | 10/08/2024 15:14
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; Secretário-Executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Luiz Eloy; ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo; e representantes da Atu Guasu. (Foto: Divulgação/Governo Federal)
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; Secretário-Executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Luiz Eloy; ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo; e representantes da Atu Guasu. (Foto: Divulgação/Governo Federal)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu um grupo de lideranças guarani-kaiowá neste sábado (10), em Brasília (DF), para tratar do conflito entre a comunidade e proprietários rurais na região da Terra Indígena Panambi, instalada no distrito de Lagoa Rica, em Douradina, a 192 quilômetros de Campo Grande. Foram anunciadas medidas de reforço de segurança por meio da Força Nacional e a criação de uma sala de situação para atuar nas demandas na região.

A área de 12 mil hectares já é delimitada há 13 anos, mas ainda não foi homologada no processo de demarcação. Desde o início de julho, 12 indígenas foram feridos nos confrontos.

A reunião teve a presença de membros da Assembleia Aty Guasu e da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, Paulo Pimenta; e da presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Joenia Wapichana.

O grupo pede a desmobilização de um acampamento ocupado por ruralistas que estariam promovendo atos de violência, mais segurança para a região e a conclusão do processo de demarcação da terra. Na última quinta-feira (8), 45 representantes dos povos guarani e guarani-kaiowá realizaram um ato em frente ao MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) pelo fim do que classificam como um “massacre” na área.

Parte do pessoal foi recebido pelo secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo, e pela secretária nacional de Acesso à Justiça, Sheila de Carvalho, no Palácio da Justiça.

“A nossa intenção é acompanhar de, forma constante, as políticas de proteção e segurança pública no território e dar celeridade para as nossas respostas, além de analisar todas as denúncias que chegarem pelos atores locais”, disse Sheila.

O MJSP informou que o documento que identifica a área como de ocupação tradicional indígena segue válido, mas o andamento do processo de demarcação está suspenso por ordem judicial. Com perímetro de cerca de 63 quilômetros, os limites da Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica foram estabelecidos pela Funai em 2011.

A reunião ocorreu após uma manifestação em frente ao Ministério da Justiça na quinta-feira (8). Indígenas a apoiadores da causa chegaram a interromper, por alguns minutos, o fluxo de veículos que trafegavam pela esplanada. A ministra Sônia esteve em Douradina no dia 2 deste mês e conversou com produtores rurais acampados perto das áreas delimitadas.

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