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Cidades

Lula vai receber grupo indígena de MS para discutir conflito territorial

Delegação de Douradina havia participado de protesto em frente ao Ministério da Justiça nesta sema

Por Gustavo Bonotto e Gabriela Couto | 09/08/2024 23:56
Indígenas participam de protesto na Esplanada dos Ministérios. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Indígenas participam de protesto na Esplanada dos Ministérios. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Um grupo sul-mato-grossense de indígenas das etnias Guarani-Kaiowá que protestou em frente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública nesta semana vai se reunir com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a manhã deste sábado (10), em Brasília (DF).

A informação foi confirmada pelo secretário da pasta de Povos Indígenas, Eloy Terena. A delegação composta por 45 representantes busca pela conclusão do processo de reconhecimento do direito indígena ao usufruto exclusivo da Terra Indígena Panambi, área de 12 mil hectares situada no distrito de Lagoa Rica, em Douradina, a 192 km de Campo Grande.

Delimitada em 2011, a área corresponde ao principal ponto de conflito entre indígenas e produtores rurais em Mato Grosso do Sul. De acordo com o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), ao menos 12 indígenas foram feridos desde o início de julho.

Barracos, objetos pessoais e símbolos da cosmologia Guarani-Kaiowá foram destruídos e incendiados. Vídeos compartilhados nas redes sociais flagram a presença ostensiva de caminhonetes, tratores e automóveis ao redor das áreas de retomadas.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, esteve em Douradina na última terça-feira (2) e conversou com produtores rurais acampados perto de áreas de retomadas em Douradina.

“Passamos o dia conversando com lideranças e vimos que é necessária essa presença da Força Nacional para garantir a segurança e a integridade física dos povos indígenas que se encontram nessa área de retomada. Não estamos compactuando com violência, estamos aqui com objetivo de pacificar, com diálogo e com essa presença do Estado brasileiro na região”, disse a titular.

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