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Política

Mais uma vez oitiva é marcada por "clima quente" entre vereadores

Jéssica Benitez | 23/07/2013 13:57
Desde criação da CPI Marcos Alex e Elizeu trocam farpas (Foto: Cleber Gellio)
Desde criação da CPI Marcos Alex e Elizeu trocam farpas (Foto: Cleber Gellio)

Mais uma vez a oitiva da CPI do Calote terminou com “clima quente” entre os integrantes da comissão. Na manhã de hoje, já na conclusão dos trabalhos, uma solicitação do relator Elizeu Dionizio (PTdoB) deixou novamente o vereador Marcos Alex (PT) nervoso. A tensão começou quando o opositor pediu que o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), envie o mais rápido possível o comprovante de pagamento de R$ 17 milhões feito à CG Solurb.

O documento não foi entregue à CPI, mas Bernal o mostrou para uma emissora de televisão, sendo que na mesma reportagem disse que enviou aos vereadores toda documentação solicitada por eles. “Ele fez essas afirmações porque não passa de um mentiroso, esse comprovante não está com a CPI”, disse Elizeu que acusou o prefeito de estar mentindo inúmeras vezes.

O líder do progressista não deixou a acusação passar em branco e logo tratou de defender o chefe do Executivo. “Isso aqui não é palanque, há vontade de desgaste, mas tem que ter postura, atitude de agente público e não faltar com respeito, por isso solicito que a palavra mentiroso seja retirada da ata”, pediu o petista.

O impasse ganhou força quando o vereador Chiquinho Telles (PSD) interrompeu Marcos Alex. “O senhor já se retirou de reuniões da comissão e deixou todo mundo falando sozinho. Isso é sim é desrespeito. Isso é muito mais grave”, sentenciou. O presidente da CPI, Paulo Siufi (PMDB), completou “então se o prefeito não mentiu, ele faltou com a verdade”, ironizou.

Elizeu permaneceu com o mesmo posicionamento. “Não vou retirar nada porque o prefeito mente mesmo”, ressaltou. A discussão se estendeu um pouco mais e, por fim, Marcos Alex votou contra a solicitação do comprovante de pagamento, mas foi vencido pelos outros integrantes da comissão. A "rivalidade" entre o relator e o petista nasceu no plenário e se estende à comissão.

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