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Política

Marquinhos exonera secretário e diz que engenheiro "não se adaptou"

O engenheiro agrônomo Abrahão Malulei Neto garante que foi ele quem pediu para sair após receber proposta irrecusável

Anahi Zurutuza e Mayara Bueno | 01/03/2019 09:37
Ex-secretário de Desenvolvimento, Abrahão Malulei, posa para foto no gabinete (Foto: PMCG/Divulgação)
Ex-secretário de Desenvolvimento, Abrahão Malulei, posa para foto no gabinete (Foto: PMCG/Divulgação)

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) exonerou o secretário de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia, Abrahão Malulei Neto. O engenheiro agrônomo afirma que pediu demissão nesta quinta-feira (28) e a saída foi oficializada no Diário Oficial e Campo Grande desta sexta-feira (1º).

O motivo da exoneração não consta na publicação. Malulei Neto garante que foi ele quem pediu para sair por ter recebido proposta irrecusável de trabalho, mas corre no bastidor que o ex-secretário teria desagradado o prefeito.

Ao Campo Grande News, Marquinhos disse apenas que o agrônomo “não se adaptou”.

“A gente não consegue agradar a todos, mas acredito que não seja isso porque fui eu quem pediu demissão”, afirmou o engenheiro em breve entrevista por telefone.

O agrônomo fez questão de destacar o trabalho que desenvolveu nestes seis meses à frente da pasta. “A secretaria fez em 6 meses o que não fez em 6 anos, foram inúmeras reuniões do Codecon [Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico], incentivo à agricultura familiar e à agroindústria”.

Malulei revelou que vai trabalhar para uma multinacional de comodities do agronegócio e ganhar “bem mais” do que recebia para comandar a pasta na Prefeitura. “Só não vou revelar o nome, porque tenho o contrato de confidencialidade. Na secretaria a gente não ganha quase nada e o serviço é puxado. Tem hora que a gente tem de ponderar em prol da família”.

O salário dos secretários é de R$ 11.619,70. Com os descontos, o engenheiro recebeu R$ 8.827,95 em janeiro deste ano, conforme consta na última atualização no Portal da Transparência.

O ex-secretário não contou o quanto vai ganhar no novo emprego e disse também que vai precisar viajar bastante e por isso, não seria possível conciliar os dois trabalhos.

O engenheiro estava na Sedesc desde setembro do ano passado, quando substituiu Luiz Fernando Buainain.

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