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Política

Ministro do STF autoriza fatiamento da delação de Delcídio do Amaral

Leonardo Rocha | 29/03/2016 08:25
Delação de Delcídio vai ser analisada por fatos, a pedido da PGR (Foto: Senado Federal)
Delação de Delcídio vai ser analisada por fatos, a pedido da PGR (Foto: Senado Federal)

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, decidiu pelo fatiamento da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). A intenção é dividir as denúncias apresentadas pelo parlamentar em 19 novas petições, para análise e investigação dos fatos.

De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, esta decisão do ministro seguiu pedido da Procuradoria-Geral da República, que agora vai analisar quais são os fatos relatados por Delcídio, que possuem indícios de prática de crime. Com esta divisão, podem ser pedidos a abertura de vários inquéritos, assim como o arquivamento de situações que não tiverem sustentação.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem o costume de pedir ao STF o fatiamento das delações por fatos, por esta razão não deve ser dividido por nomes a investigação. Assim, políticos e outras pessoas podem aparecer mais de uma vez em pedidos de inquérito. O número de petições geradas não significa a quantidade de pessoas investigadas.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o senador implicou 74 pessoas em sua delação premiada, tendo 37 políticos, quatro partidos e 27 empresas. As principais denúncias indicam que a presidente Dilma Rousseff (PT) tentou atrapalhar a investigação da Operação Lava Jato, assim como ela tinha o conhecimento de todos os atos na Petrobras.

Delcídio ainda relatou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tentou articular para impedir a delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró e o ministro da Educação, Aluízio Mercadante, entrou em contato com seus assessores, para tentar "comprar o seu silêncio", enquanto o parlamentar estava preso.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) também aparece na delação, tendo indicado nomes de ex-diretores da Petrobras, que foram investigados pela Lava Jato. Da oposição, o nome mais forte é do senador Aécio Neves (PSDB-MG), em que Delcídio diz ter "maquiado" dados do Banco Rural, quando o tucano era governador de Minas Gerais.

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