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Política

Mochi diz só falta oficializar CPI e partidos indicarem integrantes

Leonardo Rocha | 20/03/2015 13:55
Mochi ponderou que as indicações dos integrantes da CPI devem ser feitas na semana que vem (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Mochi ponderou que as indicações dos integrantes da CPI devem ser feitas na semana que vem (Foto: Roberto Higa/ALMS)

O presidente da Assembleia, o deputado Junior Mochi (PMDB), afirmou que como a proposta para criação da nova CPI da Enersul, teve a adesão e assinaturas da maioria dos deputados, sendo superior inclusive as oito (assinaturas) necessárias, resta apenas oficializar a comissão parlamentar, na semana que vem, e pedir as bancadas e blocos partidários para indicar os representantes.

“Como o requerimento teve o número até superior do que o necessário (assinaturas), vamos seguir o trâmite regimental e oficializar a CPI da Enersul na semana que vem, então os partidos se reúnem e articulam para a escolha dos cinco integrantes titulares e os suplentes”, ressaltou o peemedebista, sendo esta, a primeira investigação na sua gestão como presidente da Casa de Leis.

O deputado Marquinhos Trad (PMDB) apresentou, na última quarta-feira (18), o requerimento para criação da CPI, tendo a adesão de todos os deputados que estavam na sessão ordinária, restando agora apenas os trâmites legais para começar o trabalho. O peemedebista disse que um dos focos principais é identificar os 35 integrantes de uma “folha confidencial”, que recebiam por mês recursos da Enersul, sem que houvesse qualquer justificativa legal ou funcional.

Entre os pontos irregulares que foram citados na auditoria da PWC (PricewaterhouseCoopers), estão a concessão de gratificação a funcionários no valor de R$ 2, 5 milhões, sem qualquer justificativa, assim como falta de registros contábeis no valor de R$ 200 milhões em relação ao Programa de Universalização da Energia Elétrica, do Governo Federal.

Também foi constatado a deliberação indevida de dividendos e juros sob o capital da empresa, e contratação de empresas terceirizadas, como a Elucid Solution S.A e RBGRQM Participações Sociedade Anônima, que pertenciam a pessoas ligadas a direção do Grupo Rede, sendo que a primeira recebeu R$ 185,8 milhões, em ações que foram consideradas pela auditoria com indícios de fraudes.

Todo este levantamento feito pela auditoria PWC, requisitada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), nas contas da Enersul de 2002 a 2012, registrou o desvio de quase R$ 700 milhões nos cofres da empresa.

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